Riscos Cibernéticos
01, Out. 2021
BC comunica vazamento de dados cadastrais do Pix no
Banese, 395 mil chaves foram afetadas
Fonte: IstoÉ
O Banco Central comunicou nesta quinta-feira a ocorrência
de um incidente de vazamento de dados de chaves Pix que estavam sob a guarda e
a responsabilidade do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
O vazamento se deu em razão de falhas pontuais em
sistemas da instituição financeira e envolveu informações de natureza
cadastral, que não dão margem à movimentação de recursos ou acesso a contas,
disse o BC.
Não foram expostos dados sensíveis, tais como senhas,
informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou
quaisquer outras informações sob sigilo bancário, disse o BC.
A autarquia acrescentou que vai apurar o ocorrido e
aplicar medidas sancionadoras previstas na regulação. As pessoas afetadas pelo
vazamento, segundo o BC, serão notificadas por meio do aplicativo do seu banco.
Em comunicado separado, o Banese disse que sua área
técnica detectou consultas indevidas a dados relacionados a 395.009 chaves Pix
de pessoas que não são clientes do banco. Essa consulta, segundo o banco, se
deu a partir do acesso de duas contas bancárias de clientes do Banese.
O banco confirmou que o incidente não afetou a
confidencialidade de senhas nem abriu acesso a informações financeiras de seus
clientes.
Tais consultas foram realizadas no Diretório de
Identificadores de Contas Transacionais (DICT), administrado pelo Banco Central
do Brasil e de acesso restrito às instituições que iniciam o procedimento para
realização de uma transação por Pix, disse o Banese.
O acesso das contas, de acordo com o banco, provavelmente
foi obtido por meio de práticas como o phishing, ação fraudulenta em que
criminosos tentam obter dados confidenciais. O acesso às contas utilizadas para
acessar os dados foi revogado e o banco disse estar adotando mecanismos de
segurança para evitar que casos semelhantes aconteçam.
A notícia do vazamento vem depois do BC ter adotado
medidas para aumentar a segurança do Pix em meio à ocorrência de crimes,
incluindo sequestros relâmpagos, após o advento do Pix, que permite
transferências imediatas feitas nos sete dias da semana e a qualquer horário.
O BC estabeleceu um limite de 1 mil reais para operações
entre pessoas físicas das 20h às 6h. Também permitiu que a instituição que
detém a conta do usuário recebedor pessoa física possa efetuar um bloqueio
preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude.
Ataques Digitais: Mercado de seguros pode oferecer
proteção
Fonte: CQCS
Na tarde desta quinta-feira (30), a Conseguro 2021 o
assunto foi o boom dos seguros contra riscos cibernéticos. As vendas desse
produto dispararam este ano, chegando a R$ 41,2 milhões, de janeiro a junho, um
aumento de 132,1% frente aos R$ 17,8 milhões em igual período de 2020, segundo
a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O tema foi abordado no painel
Segurança Cibernética, com o palestrante Victor de Almeida França, coordenador
de Regulação de Riscos Ativos e Controle da Superintendência de Seguros Privados
(Susep).
Os debatedores foram Carlos Frederico Ferreira, CEO da
Austral Seguradora, Wagner Pereira, especialista em Cyber Security da Zurich, e
Diego Marins Massara, membro da Comissão de Assuntos Jurídicos da CNseg e
superintendente Jurídico Corporativo da Junto Seguros. Já a moderação ficou por
conta de Sylvia Varoto, membro da Comissão de Assuntos Jurídicos da CNseg e
superintendente Jurídica da Allianz Seguros. Para os executivos, diante da
realidade do aumento dos ataques cibernéticos, a atuação dos órgãos reguladores
é fundamental e indispensável.
Victor falou sobre o ponto de vista da Susep na
importância da segurança cibernética e o que se espera do mercado de seguros.
Não dá pra iniciar esse bate-papo sem falar do fenômeno da transformação digital.
Ela é basicamente a incorporação de tecnologias digitais à solução de problemas
tradicionais. Estamos falando de tecnologias cada vez mais disruptivas,
revelou. De acordo com o coordenador, a grande maioria das seguradoras deve
estar passando por processos como esse. Os impulsionadores são as novas
tecnologias, pressão de concorrentes e consumidores, novas necessidades e
ambiente regulatório.
Esse mundo novo vem com novos riscos, destacou. Victor
alertou que os ataques cibernéticos são uma ameaça mais do que real. De acordo
com uma pesquisa realizada pela Accenture em 2019, o Mercado de Seguros atingiu
a faixa de 15 milhões de dólares no custo médio de cada ataque. O setor é
bastante visado, intensivo em dados. A tendência é aumentar. O Brasil registrou
mais de 8,4 bilhões de tentativas de ataque em 2020, e no primeiro trimestre de
2021 já foram 3,2 bilhões, disse.
O coordenador contou sobre a nova Circular 638/21, em que
a Susep aborda a política de Segurança Cibernética, prevenção e tratamento de
incidentes, terceirização de serviços de processamento e armazenamento de
dados.
Wagner afirmou como as seguradoras têm feito para
melhorar a segurança da informação, ao mesmo tempo que mantêm a disponibilidade
de continuidade dos seus serviços. É um desafio muito grande, muitas
tecnologias foram implantadas em poucos meses para suportar a pandemia, houve
um incremento de serviços para um aumento de demanda, disse.
De acordo com o especialista, as seguradoras já fazem
validação de configuração de sistemas, gestão, assistências, temos muito
movimento. Tem que ter parte dos dados controlados. Os métodos de ataque hoje
em dia são automatizados, os robôs apontam para os hackers quais são os pontos
mais fracos para serem atacados, disse. Wagner enfatizou que, por melhor que
seja a política de segurança da empresa, sempre vão existir exceções. As
empresas precisam ter os riscos mapeados, identificados e acordados,
aconselhou.
Em seguida, Frederico revelou que o crescimento dos
ataques despertou uma demanda grande no mercado e necessidade de um produto que
pudesse atender. O seguro cibernético começou na década de 70, e evoluiu para
um produto muito mais globalizado. Aqui no Brasil não tínhamos, mas o mercado
começou a buscar. O mercado de seguros oferece cobertura de vários tipos,
disse. Nosso setor tem uma grande capacidade de atender essa demanda,
acrescentou.
Crise Climática
Necessidade de mitigar riscos e impacto na economia
Fonte: Sonho Seguro
Vivemos hoje a urgência do presente, quando nunca antes a
questão do clima foi tão dramática. Recentemente, o IPCC, o painel sobre o
clima da ONU, alertou que 2021 seria, como está se confirmando, um ano de
eventos climáticos extremos. Eventos como as inundações na Alemanha e na
Bélgica, durante o verão europeu, e as ondas de calor e incêndios no Canadá e
nos Estados Unidos são alguns exemplos que reforçam a urgência em reduzir as
emissões de gases do efeito estufa. Felizmente, o setor de seguros tem
demonstrado um papel estratégico no gerenciamento dos riscos climáticos, tendo
incorporado a agenda ASG há anos, afirmou a jornalista e editora da Revista Plurale,
Sônia Araripe, durante o painel Contribuição do Setor de Seguros para o Clima,
que moderou na Conseguro 2021, evento da Confederação Nacional das Seguradoras
(CNseg).
O presidente do Grupo de Trabalho de Riscos Climáticos da
GFIA, a Federação Internacional das Associações de Seguros, Christian Pierotti,
lembrou que na Europa, o maior setor econômico é o de seguros, o que reforça
seu papel em contribuir com a agenda de sustentabilidade. É um setor que
protege as pessoas, as empresas e, portanto, a economia, tendo um papel-chave
para mitigar riscos.
Pierotti informou que as enchentes na Alemanha causaram
perdas, em termos de infraestrutura, de 30 bilhões de euros, além de vidas
humanas. São vários os eventos atribuídos ao aquecimento global que precisam
das seguradoras para mitigar as consequências. E a tendência é de que os
eventos cresçam em frequência e severidade, o que será um enorme desafio para
todos, comentou.
O superintendente de Sustentabilidade da SulAmérica,
Tomás Carmona, lembrou que o setor de seguros vem se organizando para responder
a estes desafios desde a Rio+20 quando foram lançados os Princípios para
Iniciativa de Seguros Sustentáveis (PSI, na sigla em inglês). Existe uma
convergência das seguradoras e dos reguladores para discutir a sustentabilidade
dentro da lógica do seguro e também como investidor institucional com potencial
para dar uma contribuição direta ao tema, comenta Carmona.
Na visão do executivo, o pano de fundo do debate é o gap
de proteção das sociedades em relação ao percentual que ainda não tem seguros,
e que precisa ser reduzido. O Brasil é o país que tem o maior número de
seguradoras e resseguradoras signatárias do PSI e isso é fruto da consciência
de todos e do trabalho da CNseg para engajar o setor nessa discussão. Carmona
citou como exemplo de riscos de saúde que tendem a crescer em função das
mudanças no clima, como os problemas respiratórios, infecciosos e alergias. O
impacto é inevitável e o desafio é medir todos esses impactos e trazê-los para
a lógica de subscrição.
O economista e coordenador estratégico do Climate Reality
Project no Brasil, Sergio Besserman, apresentou dados alarmantes sobre a
necessidade de o mundo acelerar o passo na direção da economia do baixo
carbono. Embora nas últimas três décadas a consciência e os projetos voltados
ao meio ambiente venham ganhando espaço, metade das emissões de gases de efeito
estufa ocorreram neste período e de forma crescente. Na COP26, no final do ano
em Glasgow (Escócia), será demonstrado que pouco foi feito em relação à meta de
US$ 100 bilhões investidos em financiamento climático, mas gasta-se US$ 500
bilhões para distorcer os preços da economia de mercado global com subsídios
diretos aos fosseis, afirmou o especialista, acrescentando que tudo que tem
ocorrido no clima é apenas a ponta do iceberg e que a situação vai piorar ainda
mais.
Na visão de Besserman, que também é membro Conselho
Consultivo do Museu do Amanhã, para a humanidade ter alguma chance de cumprir a
meta de reduzir o aumento da temperatura de 2 graus para 1,5, é preciso
diminuir as emissões à metade até 2030 e zerar as emissões liquidas até 2050.
Uma empresa percebida como incapaz de acompanhar a transição nesta velocidade
corre severo risco de perda de valor e até de desaparecer. Elas estão nos portfólios
dos investidores e terão seu valor corrigido. Demoramos muito e agora não
haverá aterrissagem suave, alertou.
Quem se mostrou um pouco mais otimista foi o diretor da
Autoridade do Desenvolvimento Sustentável da Associação Comercial do Rio de
Janeiro, Paulo Protásio, responsável pela organização da Conferência Rio+30 em
2022, que marcará os 30 anos da ECO92. Eu entendo que o momento atual é de ver
oportunidades e não de lamentar o que não foi feito. Precisamos fazer um
compromisso de transformação que atinja todas as áreas, ambiental, econômica,
financeira, sociedade e governos, comentou. É possível buscar desenvolvimento
sustentável. Vinte e um países demonstraram, ao longo dos últimos anos, que dá
para aumentar o PIB e reduzir emissões. O quadro é grave, mas há muita
esperança. Protásio, que também foi o responsável, na época por trazer a ECO92
para o Rio de Janeiro, afirmou que o Governo do Estado, por meio da Autoridade
do Desenvolvimento Sustentável, está de braços abertos para o setor de seguros
para ajudar a pensar os caminhos para o desenvolvimento sustentável.
Olhando em perspectiva, Sergio Besserman também pontuou
oportunidades únicas para o Brasil liderar esta agenda de desenvolvimento
sustentável. Nossa geografia favorece uma matriz energética limpa e barata,
seremos campeões no uso da biomassa e temos a maior biodiversidade do mundo.
São alguns elementos que nos credenciam a isto, afirmou. A infraestrutura do
Brasil é precária e precisamos investir, já em bases sustentáveis. Em países
desenvolvidos, esta infra é moderna e terá que ser refeita sob novas bases com
prejuízos enormes. Na visão do economista, o país tendo esta consciência e
investindo em pesquisa e desenvolvimento, terá uma inserção na economia global
de forma mais competitiva e relevante.
No setor de seguros, mudanças em tempos difíceis
Depois de um ano para baixo, o setor começa a se
recuperar enquanto se moderniza e ganha novos e fortes concorrentes
Fonte: Valor Econômico
As grandes transformações que moldam o setor mexem com o mercado
de forma intensa, como aponta Antonio Trindade, presidente da Federação
Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Essa intensidade, segundo ele, vem
marcando o ano de 2021, principalmente no ambiente regulatório. Ele classifica
as mudanças de positivas. As seguradoras estão menos amarradas para criar
produtos, mas é preciso levar em conta tanto os prazos como os recursos
financeiros necessários para viabilizar tantas mudanças, afirma. A ideia de
ampliar a oferta e baratear os produtos é benéfica, mas o horizonte de
maturação, segundo ele, ainda não está claro.
Um ponto levantado por boa parte dos seguradores é a
falta de menção ao corretor de seguros no open insurance. Qual será o papel do
corretor de seguros nesse processo? A Tokio Marine, por exemplo, é uma
seguradora cujo principal canal de distribuição é o corretor, e nós não
vislumbramos a exclusão desse profissional em nenhuma das nossas iniciativas,
ao contrário, questiona José Adalberto Ferrara, presidente da seguradora. Por
vários ângulos, vemos que o setor e a sociedade serão beneficiados com todo o
processo, afirma Solange. Tanto que, entre as 109 insurtechs contabilizadas
pela consultoria Distrito no Brasil no primeiro semestre deste ano, várias são
plataformas digitais dedicadas à comercialização de seguros, com corretores
entre os acionistas.
Os números segmentados mostram que o desempenho não foi
homogêneo. O segmento rural, por exemplo, cresceu 37,9% no primeiro semestre,
seguido por responsabilidade civil (37,4%), transporte (34,1%), riscos patrimoniais
(20,7%) e residencial (19,1%). A demanda está aquecida, mas dependemos também
de como vão caminhar a política e a economia, avalia Marcio Coriolano,
presidente da CNseg. Segundo ele, se tudo correr bem, a expectativa é fechar o
ano com crescimento nominal de 12,5%. Se depender apenas do esforço das
companhias, a previsão de crescimento das vendas pode se confirmar, mas o lucro
ainda deve ser impactado no terceiro trimestre. Ivan Gontijo, presidente da
Bradesco Seguros, destaca que as vendas por meio dos canais digitais cresceram
80% de janeiro a junho de 2021, com aumento de 62% na quantidade de itens
distribuídos. O lucro, por sua vez, registrou recuo de 29,7% no primeiro
semestre de 2021, para R$ 4,7 bilhões, comparado com o mesmo período anterior.
IRB Em Alta
Barsi reitera otimismo com IRB após corte do Credit e
reduz exposição em BB Seguridade para comprar mais ações
Fonte: InfoMoney
Ao InfoMoney, investidor ressaltou que vê a ação, em
queda de mais de 40% no ano, está em patamares bastante descontados
Após o Credit Suisse reduzir o preço-alvo das ações do
IRB de R$ 7,50 para R$ 5, configurando em um potencial de alta de apenas 3,8%
para uma ação que já caiu mais de 40% em 2021, Luiz Barsi Filho, um dos maiores
investidores individuais da Bolsa brasileira, reiterou seu otimismo com a ação.
Isso principalmente levando em conta que, em sua
avaliação, o papel está muito barato, fazendo inclusive com que ele diminua sua
posição em BB Seguridade para comprar mais ativos do IRB, que estão perto da
sua mínima histórica.
Já agora, ao olhar para o setor de seguros e resseguros
como um todo, e considerando que todas concorrem com a capacidade de
operacionalizar suas atividades em níveis compatíveis com sua influência no
mercado, Barsi ressaltou que há ações em patamares mais atrativos, como é o
caso de IRB, enquanto BB Seguridade não seria mais tão atrativa.
Será que as ações da BB Seguridade vão estar daqui um ano
a R$ 40 [ou seja, praticamente dobrar de valor]? Acredito que não exista essa
possibilidade. Mas IRB tem condições de ir além de R$ 8, avalia o investidor. A
ação do IRB fechou a sessão da véspera a R$ 4,83, ou seja, o potencial de
valorização superaria os 66%.
Eu mesmo estou trocando minha posição de BB Seguridade
por IRB, pois não acredito que a BB Seguridade nem a Porto Seguro possam alcançar
essa façanha, complementa, ressaltando ainda que Caixa Seguridade e SulAmérica
também estariam a princípio em patamares mais atrativos.
Barsi destacou que, por ele, a ação IRB chegaria a R$ 1,
para que comprasse ainda mais.
Para ele, há uma forte pressão do mercado em posições
vendidas que tem afetado a precificação correta dos ativos o que, na visão de
Barsi, deve-se ao fato da Bolsa permitir locações gigantescas, que são
direcionadas para o mercado no sentido de pressionar os preços para permitir
recompras vantajosas. Assim, reiterou as suas críticas às posições vendidas
(que apostam na queda dos ativos) de investidores no mercado. Ele cita que o
IRB conta com cerca de 158 milhões de ações alugadas.
Sobre o novo CEO da companhia, Raphael Afonso Godinho de
Carvalho, Barsi o avaliou como extremamente competente. Em julho, cabe
ressaltar, o investidor tinha dado a sugestão de Fabio Schvartsman como novo
presidente, que já passou pela Ultrapar, Klabin e Vale, ficando marcada a sua
passagem na mineradora em meio à tragédia de Brumadinho, que culminou na saída
do executivo.
Para Barsi, a ação do IRB não é um case de curto prazo,
mas que deve render frutos em um horizonte de tempo mais longo, inclusive com
pagamento de dividendos.
Diferentes avaliações
No final de agosto, Barsi tinha destacado ao InfoMoney
que estava comprando mais ações do IRB. Isso após Guilherme Aché, sócio
fundador da Squadra Investimentos, que ficou conhecido como o responsável por
desvendar as inconsistências nos demonstrativos financeiros da empresa de
resseguros, dizer que seguia com posições vendidas.
Barsi creditou o investimento que carrega em IRB
justamente ao trabalho conduzido pela Squadra. A gestora desvendou os erros que
vinham sendo cometidos por gestões passadas e que foi o que permitiu à
companhia tomar desde então um novo rumo, apontou o investidor.
O investidor acrescentou, contudo, que enxerga uma
diferença importante entre sua abordagem de mercado em relação à do gestor da
Squadra, que é o horizonte de investimento. A lente do meu binóculo é muito
mais potente do que a dele. Ele olha para o agora, eu já estou mirando uma
situação bem mais distante, afirmou.
A maior parte dos analistas de mercado, de fato, segue
com uma visão mais cautelosa em relação ao IRB. Segundo compilação feita pela
plataforma Refinitiv, quatro casas de análise, bancos e corretoras recomendam a
venda da ação, e três sua manutenção, contra apenas uma indicação de compra, da
Eleven. Apesar disso, o preço-alvo consolidado aponta para um valor de R$ 6,44
para os papéis da empresa em 12 meses, alta de 33% ante o fechamento da véspera
(29).
Em meio à crise hídrica, Brasil tem recorde de geração de
energia térmica
Fonte: DW
O Brasil nunca gerou tanta eletricidade em centrais
termelétricas como em agosto deste ano. Dados do Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) mostram que 14.143 gigawatts-hora (GWh) foram produzidos no
período, 12% a mais que o total registrado no auge da última crise hídrica, em
2015.
Para suprir a queda de produção nas usinas hidrelétricas,
que veem os reservatórios descerem a níveis extremamente críticos nas regiões
Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o país tem atualmente em operação 3.099
centrais térmicas, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel).
A necessidade de acionar as térmicas está fazendo com que
os brasileiros paguem uma das contas de energia mais caras do mundo, comenta
Paulo de Barros Correia, professor aposentado da Faculdade de Engenharia
Mecânica da Unicamp e sócio-diretor da Rege Consultoria.
Um monitoramento feito pelo Banco Mundial mostra que o
quilowatt-hora (kWh) no Brasil já estava acima da média mundial em 2019. A
eletricidade para os brasileiros está mais cara que em países como Noruega e
Suécia, que também têm grande participação das hidrelétricas na matriz.
E o valor não para de subir: uma nova bandeira tarifária,
chamada de escassez hídrica, chegou a ser criada pela Aneel e deve vigorar até
2022, o que vai praticamente dobrar a conta de luz dos brasileiros.
Das 3.099 usinas termelétricas em operação, a maioria
(65,5%) queima fontes fósseis, que também são mais poluentes. O restante é
movido à biomassa. Além do custo extra do combustível, as térmicas encarecem a
conta por funcionarem como um backup do sistema. Ou seja, mesmo inoperantes, elas
recebem por estarem disponíveis para o ONS, o que é embutido na tarifa.
As térmicas foram acionadas consideravelmente nos últimos
meses. Se for pra ser assim, é preciso usá-las de forma mais eficiente, pontua
Correia. Com a mudança no padrão hídrico, parece que usar energia térmica muito
eventualmente é coisa do passado.
A queima de combustíveis fósseis nessas usinas emite
gases que aumentam o efeito estufa natural da Terra e, dessa maneira, aceleram
as mudanças climáticas. Como signatário do Acordo de Paris, o Brasil se
comprometeu a cortar 37% das emissões desses gases até 2025.
A tendência registrada nos últimos anos, porém, é de
alta: em 2019, o país emitiu 10% a mais que o ano anterior, puxado pelo aumento
do desmatamento e dos setores de agropecuária e energia.
Usinas a bagaço de cana lideram vendas de energia em
leilão para entrega em 2026
Fonte: Reuters
As usinas a partir de bagaço de cana-de-açúcar lideraram
as vendas no leilão de energia nova A-5, com entrega a partir de 2026,
respondendo por mais de 32% do total comercializado, com a fonte térmica também
apresentando o maior deságio entre os geradores participantes.
As térmicas, incluindo um projeto de cavaco de madeira,
negociaram 9,3 milhões de MWh, ou cerca de 37% do total de 25,14 milhões de MWh
vendidos no leilão, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), que realizou o leilão juntamente com a reguladora Aneel.
Esses empreendimentos a biomassa viabilizados no leilão
terão 301,2 MW de potência, de um total 860,7 MW, que incluem também outras
fontes, como parques eólicos, solares, uma hidrelétrica e uma usina a partir de
resíduos sólidos urbanos.
A biomassa é uma fonte tradicional na matriz brasileira e
que apresentou uma boa competitividade neste leilão, o que potencializou seus
resultados, além do preço inicial mais elevado ser atrativo para os
empreendedores, avaliou o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui
Altieri, após ser consultado pela Reuters.
Avaliamos como positiva a contratação destas usinas e das
outras fontes, mantendo a diversificação do nosso parque gerador, completou.
Em nota à imprensa, ele disse ainda que o resultado vai
ao encontro do nosso objetivo de modernizar o parque brasileiro e substituir
usinas mais caras por empreendimentos mais baratos.
Para o gerente de bioeletricidade da União da Indústria
de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar Souza, a liderança da biomassa no A-5 mostra
que está havendo um processo de melhorias na forma de contratação dessa fonte.
Com o reconhecimento efetivo dos atributos dessa fonte no
futuro, a biomassa poderá responder rapidamente e positivamente nos próximos
leilões de energia elétrica, entregando uma energia não intermitente e
renovável ao sistema, disse ele.
O preço médio de venda dos projetos termelétricos a
biomassa foi de 271,26 reais por MWh, ante valor inicial de 365 reais, o maior
deságio do leilão, de 25,7%.
No caso do empreendimento a partir de resíduos sólidos,
que marcou a estreia da fonte como vendedora no leilão, a negociação foi de 2,1
milhões de MWh, e o preço ficou em 549,35 reais, deságio de 14%.
Os projetos de geração solar venderam quase 4 milhões de
MWh, viabilizando projetos de 236,4 MW de potência, seguidos pelos
empreendimentos eólicos (3,66 milhões de MWh, em projetos de 161,3 MW) e um
hidrelétrico, com venda de cerca de 6 milhões de MWh (141,9 MW).
Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, o volume arrematado de
fontes mais caras (biomassa) ainda foi maior no certame, o que traz um sinal de
alerta para o governo federal e para os consumidores.
Ele disse que volume contratado de energia solar foi
muito baixo em comparação com o número elevadíssimo de projetos participantes
do leilão. A solar ofertou mais de 800 projetos.
Isso ocasionou uma alta competição entre os
empreendedores, produzindo preços-médios abaixo da referência para a fonte
solar fotovoltaica no Brasil, o que demonstra uma alta capacidade competitiva
da fonte, mesmo em momentos de turbulência macroeconômica, comenta.
Os menores preços fechados foram para os projetos
eólicos, a 160,36 reais por MWh, com deságio de 16%, enquanto os solares
tiveram valor de 166,89 reais por MWh (deságio de 12,6%). O projeto
hidrelétrico negociou energia a 174,27 reais por MWh.
O leilão, que movimentou 5,99 bilhões de reais, deverá
gerar investimentos de 3,067 bilhões de reais, viabilizando obras de 40 usinas,
segundo dados da CCEE.
DEMANDA ATENDIDA
Este foi o terceiro leilão de energia nova organizado em
2021, disse a CCEE em nota, destacando que o deságio médio das negociações,
incluindo todas as fontes, foi 17,48%.
Com contratos fechados abaixo do valor nominal, a
economia obtida foi de 1,269 bilhão de reais.
As distribuidoras que declararam demanda para o leilão,
segundo a CCEE, foram a Celpa, Cemar, CPFL Jaguari, CPFL Paulista e Light. Elas
serão abastecidas pelos empreendimentos contratados por até 25 anos, a depender
do tipo de fonte.
O leilão teve sucesso porque conseguiu contratar toda a
demanda declarada pelas distribuidoras, avaliou o gerente-executivo da
Secretaria Executiva de Leilões da Aneel, André Patrus, em entrevista online a jornalistas.
Para brasileiro sustentabilidade é mais importante que
lucro
Fonte: Folha SP
A maioria dos brasileiros (77%) acredita que a adoção de
boas práticas de sustentabilidade por empresas e governos deve ser uma
prioridade, mesmo que isso prejudique os lucros e o crescimento econômico do
país.
Os dados constam de uma pesquisa feita pela Febraban
(Federação Brasileira de Bancos) em parceria com o Ipespe (Instituto de
Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), que apurou o envolvimento da
população com os temas ESG (sigla em inglês para os princípios ambiental,
social e de governança corporativa).
A pesquisa foi feita por telefone com 3.000 pessoas das
cinco regiões do Brasil, entre os dias 2 e 7 de setembro. A margem de erro é de
1,8 ponto percentual, com um intervalo de confiança de 95,5%.
Segundo o levantamento, apenas 16% consideram o
desempenho econômico mais importante, ainda que sob o risco de comprometer as
iniciativas sustentáveis do setor público e privado.
Para 51% dos entrevistados, os cuidados com o meio
ambiente devem ser compartilhados por todos. No entanto, quando os segmentos
são colocados isoladamente, a atribuição de responsabilidade recai mais sobre o
setor público.
Segundo o levantamento, 44% dos entrevistados acham que
governos e empresas públicas são os principais encarregados de cuidar da parte
ambiental, enquanto 24% consideram as famílias e cidadãos, e 21% colocam as
empresas privadas como as responsáveis. Apenas 7% citam ONGs e o terceiro
setor.
A necessidade de incorporar boas práticas ambientais,
sociais e de governança é unânime: 98% acham muito importante ou importante que
elas sejam adotadas por cidadãos e famílias, e 96% por governos e empresas
(mesmo número para ambas).
Na visão dos brasileiros, o aumento da adoção de práticas
sustentáveis nos últimos cinco anos tem sido maior nas corporações (46%) do que
entre as famílias e cidadãos (35%).
Contudo, 39% dos entrevistados não perceberam mudanças na
atuação das empresas nesse aspecto, enquanto 9% consideram que a adesão a essas
práticas no mundo corporativo diminuiu no país.
Quanto aos setores empresariais que têm adotado melhores
práticas com o meio ambiente, as respostas ficaram divididas. Em questão
estimulada de múltiplas alternativas, o agronegócio e a indústria foram os
segmentos mais citados como primeira resposta.
Se considerado o total de menções, o agro passa à frente,
com 25% das citações, contra 22% da indústria.
Além da avaliação e expectativa das pessoas sobre o tema,
o levantamento também investigou o que mais preocupa os brasileiros em relação
à sustentabilidade. Para 42%, bem-estar, saúde e renda das comunidades são as
questões que mais preocupam.
Os entrevistados também foram questionados sobre cada
pilar da agenda ESG. Na área ambiental, o que mais preocupa é o desmatamento
(61%), seguido de aquecimento global e mudanças climáticas (52%).
No pilar social, emprego e renda foram citados por 71%
das pessoas, enquanto na governança corporativa a preocupação maior é com o
combate à corrupção (71%).
A pesquisa também apontou que as pessoas estão mais
conscientes na hora de consumir, deixando de comprar de empresas com históricos
negativos.
Para 92% dos entrevistados, iniciativas socioambientais
influem sobre suas opiniões acerca de empresas ou marcas. Mais de um terço
(35%) disse já ter deixado de consumir produtos ou serviços de alguma empresa
com episódios de desrespeito ao meio ambiente ou ao bem-estar das pessoas e
animais.
Outros 34% disseram ter parado de consumir porque a
empresa estava envolvida em alguma denúncia ou não adotava boas práticas de
governança corporativa.
Quase oito em cada dez entrevistados (77%) esperam que a
legislação seja mais dura com as empresas em relação à sustentabilidade.
Para 13%, as leis brasileiras atendem a contento, e
apenas 5% acham que as regras sobre a atuação ESG das empresas deveriam ser
mais leves.
Risco-Brasil dispara 17,9% e Ibovespa perde 6,6% de valor
em setembro
Fonte: Poder 360
Usado para medir a confiança na economia, o risco-país
fechou setembro aos 204 pontos, avanço de 17,9%. Significa que os investidores
temem maior risco de calote de pagamento da dívida pelo governo brasileiro.
Ao mesmo tempo, o dólar avançou 5,4% nos últimos 30 dias,
aos R$ 5,45, recuperando toda a perda que vinha registrando nos meses
anteriores a setembro.
No radar, está a possibilidade de o governo pagar
parcelas extras do Auxílio Emergencial mais uma vez. Isso tem preocupado
analistas porque a dívida do Brasil é elevada e os novos pagamentos poderiam
ser feitos sem o corte de gastos em outras áreas.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, recuou
6,57% no mês, aos 110.979 pontos. É o 3º mês seguido de queda no valor das
empresas brasileiras.
Os dados refletem uma mudança de conjuntura econômica. Há
previsão de que a recuperação dos países depois do início da pandemia venha
perdendo força. Porém, com muitos obstáculos. A inflação está se acelerando em
todo o mundo puxada pelos preços da commodities.
O IPCA-15, que mede a variação de preços no Brasil e
antecede a inflação oficial, subiu 1,14% em setembro e acumula alta de 10% em
12 meses. É um patamar elevado se considerado a inflação dos últimos anos no
país. Veio acima do que esperavam especialistas do mercado e já superou a meta
do Banco Central para o ano inteiro.
Outro ponto que tira o sono dos investidores é como a
falta de energia pode impactar seus negócios. Cortes de eletricidade e até
mesmo blecautes têm diminuído a velocidade ou fechado fábricas por toda a
China, país responsável pelo avanço do Produto Interno Bruto de várias nações,
como o Brasil.
Um aumento no rendimento de títulos de dívida do governo
dos Estados Unidos também ajuda a levantar o preço do dólar e tirar
atratividade de economias emergentes.
O Bitcoin perdeu -7,48% de valor em setembro. Até 17h45
desta 5ª feira (30.set.2021), era cotado a US$ 43.431.
O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário caiu
-1,24% em no mês, na medida em que o Banco Central sinaliza para aumento da
taxa de juros básica da economia, a Selic.
Ainda assim, o título que remunera de acordo com a Selic,
o Tesouro Direto Selic, com vencimento em 2025, rendeu abaixo da inflação nos
últimos dias: 0,54%. Há expectativa é que o rendimento do título suba nos
próximos meses.
A Caderneta de Poupança, investimento mais popular dos
brasileiros, subiu apenas 0,3%. No ano, avançou 1,67%. Em 12 meses, 2,02%.
Com informalidade, renda não se recupera
População ocupada é 5 milhões abaixo de antes da
pandemia.
Fonte: Monitor Mercantil
A taxa de desocupação caiu 1 ponto percentual no
trimestre encerrado em julho, indo para 13,7% na comparação com o trimestre
finalizado em abril. Mesmo com a queda, o país tem 14,1 milhões de pessoas em
busca de um trabalho. Os dados foram divulgados pelo IBGE, que produziu a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
O recuo foi influenciado, principalmente, pelo aumento no
número de pessoas ocupadas (89 milhões), com mais 3,1 milhões no período. Com
isso, o nível de ocupação subiu para 50,2%.
Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em
abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais
da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país, destaca a
analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
Em um ano, a população ocupada cresceu 7 milhões, mas
isso devido à comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando a ocupação ainda
era bastante afetada pela pandemia. Embora tenha havido um crescimento
sucessivo ao longo dos trimestres, mostrando recuperação da ocupação, a
população ocupada segue inferior ao período pré-pandemia em cerca de 5 milhões
de pessoas, disse Beringuy.
O avanço da informalidade tem proporcionado a recuperação
da ocupação. Em um ano, o número de informais cresceu 5,6 milhões, afirma
Beringuy. Isso ajuda a explicar por que, apesar do crescimento da população
ocupada, o rendimento médio real dos trabalhadores recuou 2,9% frente ao
trimestre anterior e 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2020, ficando em R$
2.508. A massa de rendimento real, que é soma de todos os rendimentos dos
trabalhadores, ficou estável, atingindo R$ 218 bilhões.
Temos mais pessoas ocupadas, no entanto, com rendimentos
menores, explica a analista da Pnad. No mesmo sentido, a subocupação por
insuficiência de horas trabalhadas, aqueles que trabalham menos horas do que
poderiam trabalhar, chegou a um número recorde de 7,7 milhões de pessoas, um
aumento de 7,2%, com mais 520 mil pessoas. Em relação ao ano anterior, o
indicador subiu 34,0%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas subocupadas.
O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais 1
milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na
comparação com o mesmo período de 2020, o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE,
este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na
comparação anual.
A mesma pesquisa também indicou que houve aumento nos
postos de trabalho informais, com a expansão do trabalho por conta própria sem
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e do emprego sem carteira no
setor privado. Com isso, a taxa de informalidade subiu de 39,8% do trimestre
móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.
O número de empregados no setor privado sem carteira
cresceu 6% na comparação trimestral, para 10,3 milhões de pessoas. Em um ano,
esse contingente subiu 19%.
Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital
Modalmais, diz ver uma limitação para uma forte queda no desemprego nos
próximos meses simplesmente devido ao retorno das pessoas à força de trabalho.
Assim, projetamos a taxa de desocupação em 13,3% no final do ano.
A taxa de desocupação da Pnad Contínua de julho ficou em
13,7%, abaixo das expectativas nossas e do mercado (ambas em 13,8%). Após nosso
ajuste sazonal, a desocupação encontra-se em 13,5%. Por sua vez, a taxa de
participação avançou mais 0,5 pp desde a última leitura para 58,2%. A população
ocupada subiu para 89,04 milhões (aumento de 1,25 milhões de pessoas ocupadas
comparado ao mês de junho) e força de trabalho para 103,13 milhões (aumento de
892 mil), indicando a recuperação no mercado de trabalho com a retomada da
atividade e avanço da vacinação.
Do crescimento da população ocupada, 573 mil pessoas se
deu no emprego formal e 677 mil no informal. Ainda assim, a população formal
encontra-se 5,2% abaixo, e a população informal, 4,7% menos em relação a
fevereiro de 2020.
Para frente, esperamos que a população ocupada continue subindo e reflita a recuperação da economia. Além disso, o retorno da pesquisa para a metodologia pré pandemia deve ajudar a sintonizar os dados da Pnad com os do Novo Caged. Por fim, vemos uma limitação para uma forte queda no desemprego nos próximos meses simplesmente devido ao retorno das pessoas à força de trabalho, assim, projetamos a taxa de desocupação em 13,3% no final do ano, avalia.
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Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-917.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/130449/Bia470/index.html