A Dependência das Redes Sociais
14, Out. 2021
PAU NAS REDES SOCIAIS
Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Na semana passada o mundo se viu às voltas com um
problema que vai tomando proporções assustadoras, não apenas pelos prejuízos
causados, mas pela impotência ante o fato consumado da dependência cada vez
maior das pessoas em relação às redes sociais.
O apagão que atingiu três plataformas operadas pelo
Facebook afetou direta e indiretamente bilhões de pessoas ao redor do planeta.
Durante várias horas, as redes ficaram inoperantes e as pessoas não conseguiram
se comunicar, ficaram sem entretenimento e, mais grave, deixaram de fazer negócios,
dos mais simples aos mais complexos, todos dependentes do funcionamento do
Facebook, Instagram e WhatsApp.
Apenas no Brasil, o WhatsApp tem cento e vinte milhões de
usuários. No mundo, as três plataformas servem diariamente a bilhões de
pessoas, que se valem delas para tudo e mais alguma coisa, criando uma
dependência que o apagão mostrou ser mais forte do que anteriormente imaginada.
Só isto seria um problema sério, afinal, quanto mais
dependente a pessoa for, mais fácil a sua submissão às ações desencadeadas pelo
gestor do sistema, ou seja, maior o grau de aceitação das mensagens enviadas,
diretamente ou de forma subliminar, através das redes sociais.
Mas há mais e este mais são os prejuízos concretos em
função do apagão que, por mais ou menos seis horas, tirou as três plataformas
do ar. Um hospital que faça seus pedidos aos fornecedores via WhatsApp, um
supermercado que vende através de pedidos encaminhados pela rede social, um
restaurante que faça entregas contatando os entregadores via o aplicativo, o
entregador que deixou de ser contatado, todos foram diretamente atingidos pelo
apagão, deixaram de operar normalmente, perderam pedidos, vendas e entregas.
Além deles, milhões de pessoas não puderam fazer seus
pedidos, que variam de uma encomenda pouco importante a um medicamento que deve
ser aplicado numa hora específica e que, por isso, deve ser entregue a tempo.
Não há como negar a ocorrência de prejuízos de todas as
ordens, de perdas materiais a perdas corporais e danos morais. Eles são
facilmente demonstráveis, inclusive nos casos de danos morais puros, aqueles
que acontecem por um impacto moral diretamente causado na vítima em função de
ação ou omissão do responsável pelo fato gerador.
Assim, além dos prejuízos causados pela perda de renda
decorrente da impossibilidade de comunicação, que inviabilizou milhões de
transações comerciais ao redor do globo, o prejuízo moral, em função de
ansiedade, pânico e outros sintomas do gênero, é evidente, indiscutível e
possível de ser quantificado.
O que vai acontecer, como vai acontecer e quando vai
acontecer são respostas que ainda não sabemos. Mas é de se esperar que o
Facebook endureça o quanto for possível para não pagar qualquer indenização.
Também é razoável afirmar que terá gente demandando contra a empresa para
tentar minimizar suas perdas. Como o problema atingiu um número alto de nações
e povos, com legislações completamente diferentes, é impossível, neste momento,
imaginar qual será o resultado dessas ações. Certo é que, entre secos e
molhados, haverá decisões a favor e contra. A questão é qual o valor delas e a
capacidade de implementação das decisões tomadas pelos diferentes tribunais.
O caminho para minimizar as eventuais perdas sofridas
pelo Facebook, decorrentes dos prejuízos causados pelo apagão nas redes, seria
a existência de um seguro que o protegesse e fizesse frente aos danos causados
a terceiros por um evento dessa natureza.
Mas aí surge uma questão técnica. Será que existe mútuo
para fazer frente a uma situação como essa? Será que existe uma massa de
segurados suficientemente grande para gerar os prêmios que seriam necessários
para abastecer o mútuo e fazer frente às indenizações?
Um milhão de vítimas com prejuízo de mil dólares cada uma geraria um bilhão de dólares em indenizações. E o número de que estamos falando é muito maior. Será que algum pool de seguros e resseguros se atreveria a assumir o risco? Se sim, a que preço?
Número de perfis falsos no Face é maior que população do
Brasil
Fonte: Monitor Mercantil
Crescimento de perfis fakes no Instagram, Twitter e
Facebook está atrelado a casos de golpes aos usuários das plataformas.
O número de perfis falsos ou duplicados apenas o Facebook
já chega a 270 milhões. Esta quantidade supera em mais de 60 milhões a
população brasileira que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), tem 207 milhões.
Ainda de acordo com as informações, o dado sofreu aumento
desde 2020 e o número de perfis falsos já atinge 13%, dos 2,1 bilhões de
usuários mensais ativos apenas na plataforma. Anteriormente, o total somava 7%.
O crescimento dos perfis falsos em redes sociais como
Instagram, Twitter e Facebook está atrelado aos casos de golpes aos usuários
das plataformas digitais. As ocorrências são diversas e vão de golpes, onde
pessoas se passam por outras para retirar dinheiro, até aquelas que utilizam
fotografias alheias para difamar a imagem da vítima ou, ainda, para disseminar
informações falsas.
Já Relatório Anual de Defesa Digital da Microsoft apontou
que durante o período de julho de 2020 a junho de 2021, os ataques de agentes
russos são cada vez mais eficazes, saltando de uma taxa de comprometimento
bem-sucedido de 21% no ano passado para 32% neste ano. Durante o ano passado,
58% de todos os ataques cibernéticos de Estados-nação observados pela Microsoft
vieram da Rússia. Os agentes do Estado-nação russo estão cada vez mais visando
agências governamentais para a coleta de informações, sendo que saltaram de 3%
como alvo há um ano para 53%, principalmente agências envolvidas em política externa,
segurança nacional ou defesa; e os três principais países-alvos dos agentes da
Rússia foram os EUA, Ucrânia e o Reino Unido.
Depois da Rússia, o maior volume de ataques que
observamos veio da Coreia do Norte, Irã e China; a Coreia do Sul, Turquia (uma
nova inclusão em nossos relatórios) e Vietnã também foram ativos, mas
representam muito menos volume.
Embora a espionagem seja o objetivo mais comum para
ataques por Estados-nação, algumas atividades de ataque revelam outros
objetivos, incluindo o Irã, que quadruplicou o seu foco em Israel no ano
passado e lançou ataques destrutivos em meio a tensões elevadas entre os dois
países; e a Coreia do Norte, que visou a empresas de criptomoeda para fins
lucrativos, pois sua economia foi dizimada por sanções e pela Covid-19.
Ainda segundo o estudo, 21% dos ataques que observamos de
Estados-nação visaram consumidores e 79% visaram a empresas, com os setores
mais procurados sendo governo (48%), ONGs e think tanks (31%), educação (3%),
organizações intergovernamentais (3%), TI (2%), energia (1%) e mídia (1%).
Os cinco principais setores visados no ano passado em
relação a ataques de ransomware observados foram varejo (13%), serviços
financeiros (12%), manufatura (12%), governo (11%) e serviços de saúde (9%). Os
EUA são de longe o país mais visado, recebendo mais do que o triplo dos ataques
de ransomware que o país em segundo lugar. Os EUA são seguidos pela China,
Japão, Alemanha e Emirados Árabes Unidos.
Saiba quem assume a Susep com saída de Solange Vieira
Fonte: CQCS
Com a saída de Solange Vieira da Susep para assumir uma
vaga no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Rafael
Scherre que ocupava uma vaga na diretoria técnica vai ficar interinamente com a
superintendência da Susep. A mudança foi anunciada na sexta, dia 8, quando o
ministro da economia, Paulo Guedes, comunicou a transferência de Solange
Vieira. Até que seja escolhida outra pessoa, Rafael Scherre fica no cargo de
superintendente da autarquia. Ele é economista, e está na diretoria desde 2019
quando Solange Vieira assumiu o cargo.
De perfil técnico, Rafael é mestre em Economia e
integrava a diretoria da Susep responsável por promover a regulação do setor e
concorrência nos mercados de seguros massificados, seguros de pessoas,
previdência complementar aberta e capitalização. Foi nessa diretoria que se
discutiram as medidas que flexibilizaram, por exemplo, o seguro auto.
Antes da Susep, Rafael Scherre atuou por onze anos na
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ocupando cargos de gerência. Agora,
até que o ministro Paulo Guedes defina, ele será o responsável por comandar a
Susep.
Planos odontológicos atingem recorde de 28,3 milhões de
beneficiários
Marca registrada em agosto deste ano é a maior desde o
início da série histórica
Fonte: IESS / Sonho Seguro
A contratação de planos odontológicos teve aumento de
2.536.758 vínculos entre agosto de 2020 e agosto de 2021 e atingiu o recorde
histórico de 28.315.635 de beneficiários. No intervalo de 12 meses encerrados
em agosto deste ano, o setor registrou alta de 9,8% no número de beneficiários,
segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 62, do Instituto de
Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O aumento dos vínculos no período ocorreu,
principalmente, por planos individuais ou familiares (17,5%). As contratações
por coletivos empresariais tiveram avanço de 9,5% no intervalo. Em agosto de
2021, 82,5% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos possuíam
um plano coletivo. Desses, 87,2% eram do tipo coletivo empresarial e 12,7% do
tipo coletivo por adesão.
Na análise por faixa etária, o maior avanço foi entre
beneficiários acima dos 59 anos (11,9%). Entre os beneficiários de 19 a 58 anos
e até 18 anos registraram aumentos de 10% e 8,5%, respectivamente. Em números
absolutos, o estado de São Paulo passou a contar com 963.059 novos
beneficiários no período analisado. A maior queda ocorreu em Roraima, cuja
perda foi de 797 beneficiários.
No recorte regional, a região Sul impulsionou a média
nacional ao apresentar crescimento de 17,9%, puxado pelo desempenho de Santa Catarina,
com aumento de 32,7% nos vínculos exclusivamente odontológicos entre agosto de
2020 e agosto de 2021. A região Norte do país teve o segundo maior avanço no
intervalo, atingindo a marca de 13,1% devido, principalmente, ao estado do
Tocantins (39,4%).
Diversidade ajuda empresas a desenvolver ideias e
serviços inovadores
Investir em ações de inclusão auxilia na criação de um
ambiente mais produtivo, eficiente e eficaz nas soluções que oferece para os
consumidores
Fonte: Revista Apólice
A última edição do Relatório de Sustentabilidade do Setor
de Seguros, produzido pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras),
apontou que 90,5% das empresas participantes do levantamento adotam práticas de
promoção da diversidade e não discriminação. Esse movimento visa agrupar, em um
quadro de colaboradores, pessoas que sofrem algum tipo de rejeição em razão da
sua classe social, gênero, raça, deficiência, religião e outras questões que
acabam tornando-as vítimas do preconceito e da intolerância.
Entidades como a Sou Segura (Associação das Mulheres do
Mercado de Seguros) desenvolvem campanhas para conscientizar sobre a
necessidade de uma maior pluralidade nas organizações do setor. Mesmo sendo
relevantes, esses percentuais apontam apenas uma situação global. Há avanços
importantes na diversidade e no combate à discriminação, essas conquistas ainda
não atingiram o estágio que gostaríamos e que seria mais do que justo nos
cargos de direção ou liderança nas empresas. Aliás, esse é um dos principais
focos de atuação da associação, diz Simone Vizani, presidente da organização.
Uma companhia que adotou ações de inclusão é a Aon. No
Brasil, a corretora formulou quatro grupos focados em desenvolvimento
profissional, recrutamento, engajamento e retenção dos colaboradores. São eles:
Business Professional Network (Diversidade Racial); PRIDE Alliance (LGBTQIA+);
Empowering Abilities (Pessoas com deficiências); e o WIN (Diversidade de
gênero). Andrea Milan dos Santos, diretora Executiva de Recursos Humanos da
consultoria, afirma que um dos benefícios da empresa investir nessas
iniciativas foi a abertura propicia a um olhar mais cuidadoso aos clientes,
ampliando a criatividade e a inovação. Estar em contato com pessoas e culturas
diferentes nos faz desenvolver habilidades diferentes e nossos colegas se
tornam, ainda mais, empáticos, flexíveis, colaborativos.
O Relatório da CNseg constatou também que 68,4% das
seguradoras monitoram os indicadores de diversidade do quadro de funcionários.
Na Aon o monitoramento dos funcionários é feito a cada trimestre e é dividido
por gênero, tipo de posição, raça e geração. De acordo com Andrea, o sentimento
de respeito, inclusão e valorização gera também engajamento, impactando na
produtividade, qualidade do serviço e, consequentemente, no aperfeiçoamento do
atendimento ao cliente. Como uma consultoria de riscos, saúde e bem-estar,
atuamos cuidando de pessoas e dos seus bens e a diversidade é fundamental para
seguir inovando.
Simone acredita que o mercado de seguros esteja perto de
um consenso de que a diversidade traz muitos benefícios para as empresas, por
resultar em diferentes formas de pensar, o que traz criatividade e
produtividade em processos de inovação das companhias. A diversidade ajuda a
empresa identificar e, em um segundo momento, reter talentos, transformando o
ambiente corporativo em uma grande incubadora de profissionais extremamente
capacitados, inovadores e que têm uma visão apurada sobre o mundo moderno. Ela
cria um ambiente mais produtivo, eficiente e eficaz nas soluções que propõem.
Brasileiras Braskem, BRF e Bradesco estão entre os
melhores empregadores do mundo
Fonte: Forbes
Antecipando-se ao que se espera que seja uma temporada
movimentada de compras de fim de ano, os varejistas, já em busca de talentos,
vêm propagando planos para contratar trabalhadores sazonais. Enquanto isso, a
Target anunciou no mês passado que reduziria suas contratações porque acredita
que isso permitirá um melhor investimento nos funcionários atuais. Ao fazer
menos contratações de férias, a empresa alega que poderia oferecer aos
trabalhadores mais flexibilidade na forma de opções de turnos adicionais e
pagar melhor as horas extras.
Esse tipo de atenção à força de trabalho ajudou a Target
a subir 117 posições e ganhar o 25º lugar em nossa lista anual dos Melhores
Empregadores do Mundo. A Forbes fez uma parceria com a empresa de pesquisa de
mercado Statista para compilar a pesquisa. São 150.000 trabalhadores em tempo
integral e parcial em 58 países que trabalham para empresas e instituições
multinacionais. Os participantes do levantamento foram solicitados a avaliar a
sua disposição de recomendar seus próprios empregadores a amigos e familiares.
Eles também avaliaram outros empregadores em seus respectivos setores que se
destacaram positiva ou negativamente. A lista é composta por 750 empresas que
receberam as maiores pontuações e, entre elas, estão as brasileiras BRF, na
416º posição, o Bradesco, que ocupa o 579º lugar, e a Braskem, em 586º lugar.
A escassez de mão de obra nos últimos meses levou os
empregadores a oferecer pacotes de remuneração mais competitivos em um esforço
para atrair e reter trabalhadores. Além de seus bônus sazonais, a Target está
investindo $ 200 milhões nos próximos 4 anos em seu benefício de assistência
educacional sem dívidas. Inaugurada neste ano, ela oferece a seus mais de
340.000 funcionários em tempo integral e parcial, nos Estados Unidos, a chance
de participar gratuitamente de programas de estudos e formação por meio de uma
parceria com a Guild Education. A Target pagará até US $ 10.000 por ano em
programas de mestrado.
Damu McCoy, vice-presidente de aquisição de talentos da
Target, diz que vantagens como essa beneficiam tanto os funcionários quanto a
cultura corporativa. Você não fica na empresa só porque recebe seu salário.
Você fica porque é inspirado pelas pessoas com quem trabalha, você acredita na
organização, diz McCoy, que ingressou na companhia como estagiário há quase 30
anos. Nosso molho secreto é nossa cultura. É a sensação de fazer parte da
equipe Target.
A Target foi apenas uma das 236 empresas sediadas nos EUA
a fazer parte da lista de 2021. Na lista, as empresas alemãs conquistaram 91
lugares, seguidas pela China com 57. Embora as empresas de engenharia e
manufatura estivessem entre as mais representadas, as dez principais são de
tecnologia, incluindo Samsung da Coréia do Sul (1o lugar), IBM (2o lugar),
Microsoft (3o lugar). A Amazon garantiu o quarto lugar, apesar das recentes
alegações de discriminação racial e de gravidez e desigualdades salariais.
Estamos absolutamente comprometidos com uma população de funcionários que pode
atender melhor aos nossos clientes, afirma a vice-presidente de desenvolvimento
da força de trabalho, Ardine Williams.
Tanto a Amazon como a Target investiram em benefícios de
educação, no valor de US $ 1,2 bilhão até 2025. A partir de janeiro, os mais de
750.000 funcionários que atuam nos depósitos da Amazon, incluindo os 400.000
que aderiram desde o início da pandemia, poderão obter seus graus de
bacharelado, bem como diplomas do ensino médio, certificações de proficiência
sem precisar desembolsar dinheiro algum. Nosso objetivo é incentivar as pessoas
a se dedicarem a uma carreira, diz Williams.
O que o Brasil vem fazendo para evitar a falta de água e
energia
Governo Federal adota medidas para combater a maior
escassez de chuva dos últimos 91 anos
Fonte: InfoMoney
O Brasil vive a maior escassez de chuva dos últimos 91
anos, o que acarreta a necessidade de medidas a serem tomadas pelas autoridades
e pela população. Isso porque a energia elétrica do País é gerada
predominantemente por usinas hidrelétricas. Para funcionar, essas usinas
dependem das chuvas e do nível de água nos reservatórios.
Quando há pouca água armazenada, usinas termelétricas são
ligadas com a finalidade de poupar água nos reservatórios das hidrelétricas.
Com isso, o custo de geração de energia aumenta, pois essas usinas são movidas
a combustíveis como gás natural, carvão e diesel.
Por outro lado, quando há muita água armazenada, as
térmicas não precisam ser ligadas e o custo de geração da energia é menor.
Condições Hidrometeorológicas
No último mês de abril, todas as bacias hidrográficas que
compõem o sistema elétrico brasileiro tiveram chuvas abaixo da média histórica.
Desta forma, o índice de água que chega nas hidrelétricas foi o pior em 91
anos, principalmente nas regiões Sudeste, Centro Oeste e Sul.
Medidas para criar alternativas
Para combater esse tipo de situação, o Brasil vem
diversificando as fontes de produção de energia elétrica. Dentre as ações
tomadas pelo Governo Federal para evitar a falta de água e energia, podem ser
destacadas:
• Entrada em operação de novas linhas de transmissão
• Investimento de R$ 400 bilhões na matriz energética
brasileira nos próximos dez anos
• Importação de energia de países vizinhos
Acionamento de termelétricas
Campanha para evitar o desperdício
Por isso, neste momento de condição hidrológica e
energética desfavoráveis, são ainda mais fundamentais as iniciativas que visem
diminuir o desperdício de energia elétrica e de água pela população brasileira.
Contra aquecimento global e por agronegócio, empresários
e cientistas pedem ação do Brasil
Fonte: Estadão
O Brasil deve ampliar suas metas de redução das emissões
dos gases do efeito-estufa e reduzir significativamente o desmatamento ilegal
para ser um protagonista relevante nas discussões da próxima Conferência do
Clima das Nações Unidas (COP-26). Essas recomendações foram feitas ao governo
Jair Bolsonaro pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. O movimento
reúne representantes do agronegócio, do setor financeiro, da sociedade civil e
da ciência do País. O decisivo encontro climático será em Glasgow, na Escócia,
a partir do dia 31.
Com um PIB fortemente baseado em produtos agropecuários,
o Brasil é vulnerável a alterações climáticas. A atual meta de redução de
gases-estufa do País é de 43% até 2030 em relação às emissões de 2005. De
acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças
Climáticas (IPCC) da ONU, no entanto, os países precisam ir além. Devem reduzir
pelo menos 50% até 2030. Essa deve ser a meta. Esse deve ser o patamar, se
quiserem manter o aumento total da temperatura média do planeta em 1,5ºC. O
número foi firmado no Acordo de Paris.
Estamos no caminho de termos um aumento médio da
temperatura global de 2,5ºC a 3,0ºC até o fim do século, alcançando uma
situação indesejável e imprevisível do ponto de vista climático; vamos entregar
um planeta muito instável para nossos filhos e netos, resumiu o
diretor-executivo do Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), André Guimarães,
que integra o conselho da Coalizão. Todas as nações do mundo têm que se
conscientizar e ampliar suas ambições, sobretudo os maiores emissores (China,
Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Brasil).
De acordo com o documento, três quartos das emissões do
Brasil estão relacionadas ao uso da terra. Do total, 28% são geradas pela
agropecuária, e 44%, pelo desmatamento. Como 90% do desflorestamento da
Amazônia é ilegal, diz Guimarães, precisa haver um compromisso maior do governo
no combate ao crime. Sobretudo, alerta, porque a situação vem se agravando.
É isso que indicam dados do sistema Deter, do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O acumulado de alertas de desmatamento
na Amazônia, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foi de 8,7 mil quilômetros
quadrados. Foi o segundo pior resultado em cinco anos. A área desmatada
representa praticamente o dobro do registrado de 2016 para 2017 e de 2018 para
2019.
Precisamos de metas mais ambiciosas e precisamos acelerar
esse processo, 2030 está muito longe, afirmou o pesquisador. Precisamos
antecipar essa meta e termos ações mais contundentes, até porque estamos
falando de crimes. Precisamos de um compromisso maior do governo de combate
efetivo ao desmatamento.
Além de zerar o desmatamento, o documento sugere outras
medidas. São ações como incentivar a restauração de áreas degradadas que sejam
consideradas prioritárias para a conservação da biodiversidade, segurança
hídrica, mitigação climática, segurança alimentar, e promoção da bioeconomia.
Outra iniciativa importante seria a criação de novas áreas protegidas. A
Coalizão sugere também o apoio a populações indígenas, ribeirinhas e
quilombolas.
Desfazer as áreas de proteção existentes sinaliza para
grileiros que eles podem invadir e desmontar, apontou Guimarães. Precisamos
manter o que já existe e, se possível, ampliar. Na Amazônia, 50 milhões de
hectares são florestas públicas não destinadas, ou seja, não são parque, não
são reserva, não são território indígena, e é nessas áreas que acontece o
desmatamento ilegal.
O Brasil confirmou no ano passado os 43% como objetivo
oficial de redução de emissões até 2030. Até então, o número era só indicativo.
Mas a menção à meta de redução absoluta, em gigatoneladas de carbono, foi
retirada. Esse movimento abriu possibilidade para aumento das emissões. Além
disso, as metas do governo não mencionam as ações políticas para atingi-las.
Não se fala em combate ao desmatamento ilegal, restauração da mata e
reflorestamento.
Parte significativa do empresariado e dos representantes
do agronegócio afirma estar consciente da importância do clima para suas
atividades. Esses setores apoiam o relatório.
A produção agropecuária brasileira, que responde por
26,6% do PIB nacional, é extremamente vulnerável ao clima e já sente os efeitos
do aquecimento global, admitiu o presidente da Associação Brasileira do
Agronegócio, Marcello Brito, cofacilitador da Coalizão. Como quinto maior
emissor de gases do efeito estufa e também como uma das economias mais
vulneráveis a alterações do clima, o Brasil precisa elevar urgentemente sua
ambição climática.
Com um aumento médio da temperatura global de 1,5ºC o
Brasil enfrentará aumento das chuvas no Sul e no Sudeste. Haverá ainda redução
das precipitações no Centro-Oeste, Nordeste e no leste da Amazônia. Se o
aumento ficar entre 3ºC e 4º, no entanto, a situação piora. A produção das
principais commodities nessas regiões será inviabilizada.
A agricultura responde por mais de um quarto do nosso
PIB, a metade das nossas exportações, é motivo de orgulho para todos nós,
lembrou Guimarães. No entanto, essa mesma agricultura depende do fluxo natural
de chuvas (90% da nossa produção não é irrigada). A floresta é a maior fábrica
de chuva que existe. Manter a floresta em pé é necessário para sermos a
potência agrícola que somos.
E se todos os países adotassem bitcoin?
Fonte: Revista Superinteressante
No dia 7 de setembro de 2021, El Salvador se tornou o
primeiro país a reconhecer o bitcoin como moeda oficial (junto com o dólar
americano, eles não têm moeda própria). No mesmo dia, a cotação da
criptomoeda caiu 9%.
Um dia antes, o governo de El Salvador havia comprado 400
bitcoins por US$ 20 milhões, preparando-se para a mudança. Isso ajudou o valor
da cripto saltar para US$ 52 mil. Porém, bastaram algumas horas e a cotação já
havia caído para US$ 47 mil. Duas semanas depois, a cripto baixou outros 14%,
para US$ 40 mil.
Nada disso teve relação com a atitude de El Salvador. Mas
deixou clara uma obviedade acerca da cripto: sua flutuação de preço no mercado
ainda é instável demais para que ela faça a contento o papel de uma moeda de
verdade. Pessoas comuns dificilmente aceitariam usar como meio universal de
troca algo cujo poder de compra é imprevisível.
Mas vamos jogar com a hipótese de que dê a louca nos
Bancos Centrais e eles decidam que não existem mais moedas nacionais. Só
bitcoin.
Na ausência de dólares (e de qualquer outra moeda), o
bitcoin estabilizaria, pois não haveria com o que compará-lo. A cripto serviria
para comprar coisas. E coisas (alimentos, bens de consumo, imóveis) não flutuam
10% para cima ou para baixo de um dia para o outro.
Estabilizada a moeda virtual, a segunda consequência de
sua adoção seria o fim de algo que é considerado uma premissa de qualquer
governo hoje: política monetária. Países tentam manter sua economia sob
controle mexendo no valor de sua moeda em relação às outras. Se a moeda é
desvalorizada, as exportações se tornam mais baratas e as importações, mais
caras. Nessa situação, os produtores nacionais são beneficiados no curto prazo,
e a economia se aquece. Para desvalorizar a moeda artificialmente, é necessário
imprimir dinheiro: quanto mais cédulas há em circulação, menos elas valem.
O dinheiro, naturalmente, não é lançado de helicóptero na
rua. Os Bancos Centrais produzem moeda nova e emprestam para os bancos a juros
de pai para filho. Dos bancos a moeda flui para o mercado de crédito, e daí
para a rua propriamente dita.
No longo prazo, porém, esse jorro de moeda nova faz com
que o dinheiro vá perdendo valor (qualquer coisa produzida em quantidades
enormes vira arroz de festa, afinal). Passa a haver mais grana em circulação do
que coisas para comprar com essa grana, e então vem a bola de neve da inflação.
Nota: o dinheiro não precisa chegar a toda a população
para que os preços subam. Basta que o topo da pirâmide esteja de bolsos cheios
e passe a gastar mais. Por isso inflação é algo tão penoso para os mais pobres:
eles não veem a quantidade de moeda aumentar nos seus bolsos. Só observam as
altas nos preços e a destruição de seu poder de compra.
Quando a sirene da inflação começa a apitar, o Banco
Central decide que é hora de tirar moeda de circulação. Ele faz isso pegando
dinheiro emprestado dos bancos comuns, como se concorresse com os clientes.
Para fazer essa concorrência, ele passa a oferecer juros cada vez maiores. Você
fica sabendo desse movimento quando vê no noticiário que a Selic subiu. Cada
alta na Selic é, na prática, uma elevação nos juros que o BC está oferecendo
aos bancos. Ao tirar dinheiro de
circulação, o BC fortalece a moeda. Por outro lado, enfraquece a economia. Pois
é. Com menos dinheiro na praça, menos negócios são feitos, o consumo diminui, o
desemprego cresce. Mas não tem outro jeito. Só juro alto funciona contra a
inflação.
E é assim que todas as economias do mundo operam:
produz-se dinheiro para combater crises, depois ligam o aspirador para drenar o
dinheiro e combater a inflação. Quando a inflação fica baixinha de novo, toca produzir
moeda loucamente. Pode confiar: quando os Bancos Centrais fazem esse trabalho
direitinho, dá certo. A maior prova disso é a seguinte: antes desse sistema
existir, a economia global crescia muito menos.
Os economistas chamam o dinheiro que usamos hoje de fiat
currency, moeda que os Bancos Centrais produzem por mágica, do nada (de fato: é
só imprimir papel; ou, mais recentemente, digitar números num computador).
E fiat currency é algo relativamente recente. Ao longo da
história da humanidade, dinheiro era ouro e prata. Ponto. As notas surgiriam no
século 17. Mas só valiam alguma coisa porque davam direito a sacar uma certa
quantidade de ouro ou prata na boca do caixa. Uma libra esterlina, por exemplo,
significa meio quilo de prata pura. Uma nota de libra era só um vale-prata
portátil.
No século 18, a Inglaterra refinou o sistema, definindo
que uma libra significava 6,6 gramas de ouro. Nascia ali o padrão-ouro. As
notas de dinheiro emitidas por qualquer país precisariam corresponder a uma
quantidade parecida do metal amarelo para ter valor no mercado internacional.
Malandramente, os governos do mundo todo foram diminuindo
a quantidade de ouro a que cada nota dava direito, com o intuito óbvio de poder
colocar mais dinheiro em circulação (a própria Inglaterra foi pioneira dessa
prática). Era o início da fiat currency.
O padrão-ouro sobreviveu aos trancos até 1971, quando o
dólar deixou de ser conversível em ouro. Mas, àquela altura, a fiat currency já
reinava, inclusive nos EUA. E foi graças a ela que o mundo viveu o maior
crescimento econômico de sua história, justamente da metade do século 20 em
diante. O dinheiro de mentira criou riqueza de verdade. Ele financiou os
automóveis, os aviões, os iPhones, e alimento para os 7,9 bilhões de pessoas
vivas hoje, contra 2 bilhões no ano de 1900. Com o bitcoin no lugar das fiat
currencies, teríamos uma volta ao padrão-outro. Porque bitcoin é igual ouro:
algo que os Bancos Centrais não produzem. Existem 18,7 milhões de unidades da
cripto em circulação. E há outros 2,3 milhões esperando para serem minerados
das profundezas do sistema do bitcoin. Acaba aí. Não dá para aumentar
artificialmente a quantidade de bitcoin que circula no mundo.
Não haveria mais inflação. Fato. Mas... se a economia travar, danou-se. Os governos não terão como injetar dinheiro novo na economia. 1929 está de prova. Uma quebra da bolsa seguida de uma cascata de falências bancárias secou o crédito no mercado. O dinheiro deixou de circular, basicamente. O governo estadunidense, porém, decidiu que era hora de levar o padrão-ouro a sério e não imprimir dinheiro novo. O resultado foi a Grande Depressão, que traria de reboque uma guerra mundial. Adote-se o bitcoin como moeda única e teremos um colapso parecido em mãos.
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