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Melhores do Seguro e Resseguro

26, Out. 2021

2021 - INSURANCE CORP AWARDS - Melhores do Seguro e Resseguro

Serão 19 premiados entre seguradoras, resseguradoras, prestadores de serviço relacionados ao segmento, destaques pessoais, personalidades e homenagens.

Destaque para a categoria Gestor de Riscos e Seguros do Ano.

Open insurance, vamos discutir mais essa ideia

Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça

A recente exoneração da superintendente da Susep (Superintendência de Seguros Privados) permite algumas leituras interessantes, que vão da politização do cargo ao exagero das ações desencadeadas nos últimos anos. Mas o foco do artigo é o Open Insurance, então a troca de comando deve ser vista como um ponto de reflexão, uma oportunidade de se analisar o que foi feito até agora e pesar se está correto ou foi precipitado.

Começando com uma pergunta que me parece central: Se o Open Insurance é tão bom, por que não foi adotado na imensa maioria dos países mais avançados em seguros? A exceção é a Grã-Bretanha, que tem uma experiência nesse sentido, mas irrelevante, dentro da dimensão da atividade no Reino Unido.

Eu não sou contra o Open Insurance. Não posso ser contra algo que eu não sei o que é, apenas não me parece lógico acelerar um tema que é um ponto de interrogação no mundo porque ninguém, até hoje, implementou algo no gênero. Se não se têm experiência, dados e análises, antes de iniciar algum movimento, é necessário aprofundar os estudos e verificar as virtudes e os defeitos que ele pode ter.

Mesmo assim, como toda a base é teórica, a sua implementação será feita em cima de ações que podem, ou não, dar certo. Ou seja, certamente haverá erros, e esses erros podem custar caro. E o problema fica mais grave se o erro criar uma situação irreversível.

O Open Insurance é consequência do Open Banking, pensado pelo Banco Central para aumentar a concorrência entre os bancos e dar melhores condições para o cliente do sistema financeiro. Vale lembrar que uma pessoa costuma ter um ou, no máximo, dois bancos.

No seguro é completamente diferente. As pessoas têm várias seguradoras e como não têm fidelidade a elas, as trocam sem problemas nas renovações das apólices.

Como o Banco Central avocou para o Open Banking todas as operações financeiras, incluídas cobranças, pagamentos e os PGBL’s e VGBL’s, ele incluiu no bolo o setor de seguros e determinou à Susep que implantasse o Open Insurance.

Quer dizer, o Open Insurance vem a reboque do Open Banking, muito embora as operações bancária e seguradora sejam completamente diferentes. Aliás, o Open Insurance não deveria integrar sequer o Open Finance. Seguro não é operação financeira.

Eu não tenho ilusões, o Open Insurance veio para ficar. O que eu questiono é se é necessária a pressa com que ele está sendo implantado.

Será que não seria mais inteligente aguardar o que os países desenvolvidos vão fazer?

Até agora eles não se sensibilizaram com o tema, e não há indicação de que tratarão dele, pelo menos no curto prazo.

Caldo de galinha e cautela nunca fizeram mal a ninguém. Por que correr o risco de desestruturar um setor que funciona bem e cujos canais de distribuição mais eficientes, os corretores de seguros, não foram incluídos nas novas regras? Por que prazos tão exíguos para a implantação sem estudos profundos e discussões amplas de algo que pode causar estragos de monta?

Willis Towers Watson anuncia novo Country Líder Brasil

Fonte: Sonho Seguro

Willis Towers Watson, empresa líder global em consultoria e soluções de corretagem, anunciou a nomeação de Eduardo Takahashi como Country Líder para a operação do Brasil.

Takahashi possui mais de 27 anos de experiência no setor de seguros, especializado na consultoria personalizada e acompanhamento de clientes com operações complexas em todo o mundo, o que lhe deu a oportunidade de adquirir grande conhecimento e experiência para conectar as necessidades dos clientes com as expectativas do mercado.

Há mais de dez anos, Eduardo ocupou cargos de gestão e liderança como Diretor Executivo de Gestão de Riscos, Diretor de Soluções de Seguros de Garantia, Diretor Nacional de Vendas, Diretor de Operações de Soluções de Risco Comercial, sendo o mais recente Vice-Presidente Executivo em corretoras com vasta experiência no mercado brasileiro e presença mundial.

Estou muito feliz e honrado pela oportunidade de me juntar ao time da Willis Towers Watson no Brasil. A WTW é uma empresa global com mais de 190 anos de existência e tenho absoluta certeza que somando esta vivência com a experiência deste time fantástico, vamos apoiar aos nossos clientes e parceiros de negócio na busca do crescimento saudável e sustentável das nossas empresas, dos nossos colegas e da nossa sociedade. O mercado global, e especialmente o mercado brasileiro, passam por um momento de grande transformação, tanto no seu modelo de negócios quanto na busca da eficiência e da inovação técnica e tecnológica. Vamos fazer juntos esta transformação.

Eduardo se destaca como um líder que se conduz sob os valores de excelência, honestidade, integridade e foco do cliente, valores que também caracterizam a Willis Towers Watson.

Como líder no Brasil, Eduardo se reportará a Luis Maurette, líder da América Latina na WTW, e será responsável pela maior operação do mercado latino-americano, com mais de 800 colegas de Soluções de Risco Corporativo e Corretagem, bem como para as áreas de Capital Humano e Benefícios.

A WTW tem uma proposta de valor poderosa e um time invejável de profissionais muito bem preparados e orientados para apoiar ao cliente em todo o seu processo de tomada de decisões. Espero poder contribuir com este time extraindo o melhor de cada colega, sempre em prol do todo, com foco total no cliente e com muita integridade, ética e transparência.

Eduardo Takahashi é um exemplo claro do foco que a Willis Towers Watson tem em talentos críticos para continuar alavancando sua presença no mercado latino-americano e oferecendo uma oferta diferenciada para seus clientes e parceiros de negócios.

Países ricos podem criar fundo de US$ 100 bi pelo clima até 2023, dizem organizadores da COP

Fonte: Estadão

Os organizadores da Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP-26) consideram que em 2023 será possível alcançar o objetivo de que os países ricos, muito poluidores, concedam US$ 100 bilhões anuais às nações pobres para ajudá-las a enfrentar a crise climática, segundo um informe dos responsáveis pelo evento nesta segunda-feira, 25.

As últimas análises financeiras permitem acreditar que (o objetivo) será alcançado em 2023 e será superado nos anos seguintes, de acordo com a presidência britânica da conferência, a seis dias do início do encontro em Glasgow. O financiamento do clima é uma questão crucial para a cúpula, que ocorre entre 31 de outubro e 12 de novembro. O Brasil é um dos países emergentes que cobram dinheiro das potências ricas para custear as mudanças de cortes de emissões e preservação de áreas verdes.

Em 2009, na Conferência de Copenhague sobre o Clima, os países ricos se comprometeram em aumentar a US$ 100 bilhões anuais, em 2020, a ajuda aos Estados do sul para a luta contra a mudança climática (medidas de adaptação e de redução das emissões). Dez anos depois, porém, estão longe de seus objetivos.

Em 2019 chegaram a apenas US$ 79,6 bilhões, segundo as últimas cifras publicadas em setembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Não há informações sobre as cifras para 2020, mas é quase certo que não se cumpriu o objetivo, reconheceu o presidente da COP-26, Alok Sharma, em declaração por videoconferência para apresentar o informe.

Essa promessa quebrada prejudica os preparativos para a COP-26. O governo britânico espera convencer 200 países para que façam mais a fim de reduzir suas emissões e conter o aquecimento global a menos de 1,5ºC na comparação com a era pré-industrial, como prevê o Acordo de Paris, de 215.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro tem repetido que ações de preservação ambiental e contenção do desmatamento ilegal passam diretamente pelo apoio de outros países e que depende de repasses financeiros. No início deste ano, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles chegou a dizer aos americanos que precisaria de US$ 1 bilhão para reduzir a devastação da Amazônia em até 40% nos 12 meses seguintes.

Em abril, em uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Bolsonaro afirmou que o Brasil deveria ser pago por serviços ambientais ao planeta. Por outro lado, os americanos cobram resultados de ações de preservação. Durante o governo Bolsonaro, tem crescido a devastação da Floresta Amazônica, ao mesmo tempo em que caem as ações de fiscalização e multas no bioma.

COP26 de A a Z: Um glossário para dominar o climatês

Os conceitos e termos técnicos mais importantes para entender o que está em jogo na cúpula do clima em Glasgow

As negociações do clima já são complicadas o suficiente para quem entende do assunto, sem falar no público leigo. Preparamos um pequeno glossário dos termos e conceitos mais importantes para você entender o que está em jogo na COP26.

Afinal, de onde vêm as emissões de gases de efeito estufa no Brasil? Destrinchando o Artigo 6 do Acordo de Paris e suas oportunidades para o Brasil. O potencial e os desafios do mercado de captura de carbono. O melhor e o pior dos sinais do Brasil à COP26, e por que os mercados deveriam se importar com eles. Rumo à COP26, iniciativa propõe caminho para dobrar ambição climática do Brasil.

Acordo de Paris

Tratado firmado na capital francesa que estabeleceu como limite um aumento de 2°C na temperatura do planeta em 2100, mas preferencialmente 1,5°C, em comparação com níveis pré-industriais.

O tratado é vinculante e impõe obrigações a todos os 195 signatários, independentemente do nível de desenvolvimento econômico. É com base nessa meta de temperatura que são definidas as políticas nacionais voluntárias (chamadas de NDCs), que incluem redução de emissões e transição energética, entre outras medidas.

Adaptação

No contexto da mudança climática, a palavra se refere aos ajustes que já são ou serão necessários para lidar com os impactos de eventos climáticos extremos. Isso vai de adaptações à infraestrutura a eventuais deslocamentos populacionais.

Aliança dos Pequenos Estados Insulares

Coalizão que reúne ilhas e países com costa particularmente vulneráveis ao aumento do nível do mar. Os 39 integrantes incluem Barbados, Guiana e Cabo Verde. Eles negociam em bloco na conferência. Também conhecida pela sigla em inglês AOSIS (Alliance of Small Island States).

Artigo 6

É um dos pontos mais controversos das negociações do clima e está emperrado desde a cúpula de Paris, há seis anos. O Artigo 6 dispõe sobre o papel dos créditos de carbono na contabilidade de redução de emissões nacionais. Com suas florestas e amplo uso de energias renováveis, o Brasil seria um potencial beneficiário, pois poderia vender créditos para nações ricas.

É simples na teoria, mas existem vários obstáculos práticos travando o sistema, das metodologias para contar as emissões evitadas a mecanismos que impeçam uma dupla contabilidade, se o Brasil protege a floresta amazônica, ou usa a redução em suas metas ou a vende para outro país.

O tema é espinhoso, e pode não haver resolução na Cop26, repetindo o fracasso das negociação da cúpula de Madri, em 2019.

Captura e armazenamento de carbono

Tecnologia para capturar na fonte o CO2, como numa indústria ou numa usina, antes que seja despejado na atmosfera. O dióxido de carbono é isolado e transformado em líquido por meio de processos químicos. O CO2 pode ter dois destinos: reciclagem (em refrigerantes ou novos combustíveis) ou então enterrados em poços de petróleo esgotados. A tecnologia é promissora, mas ainda precisa comprovar sua viabilidade econômica.

CO2 equivalente

Diversos gases causam o efeito estufa, como metano e óxido nitroso. Para simplificar a conta, eles são convertidos na quantidade equivalente de CO2. Os totais de redução de emissões são sempre expressos em toneladas de CO2 equivalente.

COP26

Abreviação do nome oficial do evento, a 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A reunião acontece em Glasgow, Escócia, entre 1 e 12 de novembro, e reúne representantes de 197 países.

Crédito de carbono

Ativo financeiro que representa uma tonelada métrica de CO2 que deixou de ser emitida ou foi retirada da atmosfera. Os créditos de carbono podem ser gerados por uma floresta preservada, por exemplo, e então vendidos para uma empresa ou país que queira contabilizá-los em sua meta de redução de emissões. A promessa é que esses créditos sejam negociados em mercados organizados.

Emissões

Na maioria das vezes, o termo é usado de forma genérica e se refere a toneladas de CO2 equivalente despejadas na atmosfera, mas ele também pode se referir especificamente a um outro gás causador do efeito estufa.

Emissões antropogênicas

Emissões de gases causadores do efeito estufa decorrentes da atividade humana. Sempre houve emissões naturais, causadas por decomposição de matéria orgânica ou incêndios florestais, mas elas são compensadas pela absorção do CO2 pelas plantas e pelos oceanos. O combate à mudança climática depende de reduzir as emissões antropogênicas.

Emissões negativas

Uma corrente científica afirma que apenas chegar à neutralidade de emissões não será suficiente para evitar as consequências mais graves do aquecimento global. Para isso, o planeta teria de entrar em déficit de CO2, desenvolvendo sistemas de sequestro de carbono e aumentando a área coberta por vegetação para retirar os GEE da atmosfera.

Escopos

As emissões causadas por empresas são divididas em três tipos. Trata-se de uma maneira de determinar quem é o dono das emissões. Para facilitar o entendimento, considere uma fábrica.

As emissões de escopo 1 são aquelas causadas diretamente pela atividade da companhia, como o CO2 emitido por uma chaminé ou pelos caminhões de sua frota.

O escopo 2 diz respeito à energia consumida pela empresa (caso venha de fonte não-renovável).

O escopo 3 é o mais abrangente e complexo, pois envolve toda a cadeia de valor da empresa, dos fornecedores aos consumidores. Ele inclui as matérias-primas (e seu transporte), o CO2 emitido pelos deslocamentos dos seus funcionários de e para o trabalho e geração de resíduos. O escopo 3 também abrange todas as emissões relacionadas ao uso do produto pelo cliente final em toda a sua vida útil. O escopo 3 é o mais difícil de calcular e em geral o responsável pela maioria das emissões associadas a uma empresa.

Fundo verde do clima

O objetivo do fundo é criar um mecanismo para que os países desenvolvidos, os grandes responsáveis pelas emissões históricas, paguem a conta da adaptação e mitigação das nações mais pobres. A ideia do fundo era financiar US$ 100 bilhões em projetos por ano, mas até aqui o total não passou de US$ 10 bilhões. O fundo será um dos temas centrais da COP26.

GEE

Gases causadores do efeito estufa. Segundo o protocolo de Kyoto, eles são dióxido de carbono (CO2), metano (MH4), óxido nitroso (N2O) e hexafluoreto de enxofre, além dos gases das famílias dos hidrofluorcarbonos (HFCs) e dos perfluorcarbonos (PFCs).

IPCC

Sigla em inglês para Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Fundado em 1988, é o órgão da ONU responsável por estudar as alterações no clima, seus impactos sociais e econômicos e também por sugerir respostas ao problema.

Neutralidade de emissões

O conceito básico é que não haja novas emissões líquidas de gases do efeito estufa. Isso pode acontecer de duas maneiras. Trocar carros a gasolina por carros elétricos é um exemplo (desde que a fonte da eletricidade que carrega as baterias seja renovável, é claro). Mas o petróleo continuará sendo usado por muito tempo, na aviação, por exemplo. Nestes casos, as emissões são neutralizadas por meio da compra de créditos de carbono.

NDCs

Sigla para nationally determined contributions, ou os compromissos voluntários assumidos pelos países para sua descarbonização. Depois do fracasso do protocolo de Kyoto, quando houve a imposição de obrigações, decidiu-se que cada país determinaria as metas apresentadas na cúpula de Paris. Como era de esperar, as propostas ficaram muito aquém do necessário. A solução foi forçar os governos a revisar suas metas a cada cinco anos. A versão mais recente dos compromissos brasileiros é alvo de duras críticas internacionais.

Níveis pré-industriais

Os cenários descritos no Acordo de Paris projetam o aumento da temperatura global em comparação com o período entre 1850 e 1900, nas primeiras décadas da Revolução Industrial. Foi a partir de então que a concentração de CO2 e outros GEE começou a aumentar dramaticamente. Antes da industrialização, havia 280 partes por milhão de CO2 no ar, em média. Em 2020, o total foi de 412,5 partes por milhão, segundo estimativa do governo americano.

Mitigação

Termo muito usado nos documentos oficiais. Refere-se à redução das emissões de CO2.

Offsets de carbono

Mitigação das emissões por meio de créditos de carbono. Uma empresa aérea, por exemplo, não tem como evitar a queima de querosene de aviação. A saída é comprar os créditos que neutralizem suas emissões. O sistema se baseia na compra e venda de créditos. Críticos afirmam que os offsets na prática são uma licença para poluir e atrasam a transição energética.

Protocolo de Kyoto

Finalizado em 1997, foi a primeira tentativa global de estabelecer controles sobre a emissão de gases do efeito estufa. Somente os países desenvolvidos estavam sujeitos a metas obrigatórias. Por causa do complicado processo de ratificação de cada signatário, o tratado só entrou em vigor oficialmente em 2005, e sem a adesão dos Estados Unidos. Em 2015, foi suplantado pelo Acordo de Paris.

Fonte: InfoMoney

Mercado de Energia Aquecido

Tarpon tentará vender Omega Desenvolvimento se fusão não acontecer, dizem fontes

Fonte: Reuters

A empresa brasileira de private equity Tarpon Capital tentará vender sua empresa de energia renovável Omega Desenvolvimento, caso uma proposta de fusão com a Omega Geração falhe, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

Uma assembleia de acionistas está marcada para quinta-feira para votar os termos da proposta de fusão entre a Omega Geração, que opera ativos de geração de energia renovável, e a Omega Desenvolvimento, que tem projetos de energia renovável em construção.

A Tarpon, acionista controladora de ambas as empresas, não vai votar na assembleia. Os acionistas minoritários questionaram o negócio dizendo que a avaliação da Omega Desenvolvimento era muito alta.

Em discussões com os acionistas minoritários, a Tarpon concordou em reduzir o valor implícito da Omega Desenvolvimento de 2,7 bilhões de reais para 1,9 bilhão de reais. Mas agora alguns acionistas minoritários, liderados pelos gestores de ativos da Squadra e da IP Capital, querem um corte de preço adicional e a Tarpon não concorda com isso, disseram as fontes, pedindo anonimato para divulgar as discussões privadas.

Se o negócio for rejeitado, a Tarpon deve procurar um comprador para a empresa, disseram as fontes.

O Banco BTG Pactual, que foi contratado pela Tarpon para negociar os termos do negócio com os acionistas minoritários da Omega Geração, terá mandato de venda caso a fusão não seja aprovada em assembleia.

Omega Geração, Tarpon e BTG Pactual não se manifestaram imediatamente sobre o assunto.

Falta de navios para carregar GNL pode agravar crise de energia

Fonte: Bloomberg

A demanda por gás natural liquefeito é tão grande que não há navios suficientes para transportar o combustível na Ásia, o que complica ainda mais o déficit global de energia que tende a piorar no inverno do hemisfério norte.

A tarifa para fretar um navio de GNL no Pacífico subiu para o maior nível em nove meses na semana passada, já que mais navios estão sendo usados para exportações de terminais dos Estados Unidos para a Ásia, o que aumenta o tempo de viagem e os torna indisponíveis para novos pedidos. Ao mesmo tempo, armadores têm posicionado navios excedentes no Atlântico, reduzindo a quantidade de embarcações disponíveis na Ásia. Com isso, conseguem flexibilidade para enviar cargas dos EUA para a região onde houver mais demanda.

As taxas de afretamento à vista aumentaram de forma constante desde o fim de setembro, e nossa expectativa é de que isso continue à medida que entrarmos na temporada de comércio de inverno, disse Fraser Carson, analista de gás e GNL da Wood Mackenzie. As cargas de GNL dos EUA serão necessárias para pronta entrega na Europa e na Ásia durante o inverno, e até que ponto serão atrasadas ou reencaminhadas terá um papel importante sobre o quanto as taxas de afretamento subirão e por quanto tempo.

Ásia e Europa estão competindo por um volume cada vez menor de cargas de GNL à vista em meio à reposição de estoques de empresas de energia antes do inverno. Como as cargas spot de GNL são comercializadas com base na entrega, os crescentes custos de transporte tornarão o combustível ainda mais caro.

As taxas de frete de GNL da bacia do Pacífico são negociadas a US$ 203.500 por dia, a maior cotação em nove meses, de acordo com dados da Spark Commodities. Alguns armadores chegaram a pedir de US$ 220.000 a US$ 275.000 por dia, quase ultrapassando o recorde de US$ 231.500 do início do ano, de acordo com tradings e corretores, que pediram anonimato.

A taxa de frete à vista para alugar um navio no Pacífico mostra um prêmio em relação ao Atlântico há mais de cinco dias, uma ocorrência atípica vista pela última vez durante o inverno de 2018, quando o clima frio impulsionou as compras de gás spot da Ásia acima da capacidade de transporte, de acordo com Wood Mackenzie.

Normalmente, as taxas de frete da bacia do Pacífico são entre de US$ 5.000 e US$ 15.000 por dia mais baratas do que as tarifas do Atlântico, mas esse desconto foi revertido e agora equivale a um prêmio de US$ 60.500 por dia, segundo dados da Spark Commodities. A viagem de duas semanas da Austrália para a China leva cerca de metade do tempo de quando os navios saem dos Estados Unidos, com duração de quatro a cinco semanas.

A demanda chinesa tem sido muito forte, e a China vai se tornar o maior importador mundial de GNL este ano, disse Laura Page, analista sênior de GNL da Kpler. Como resultado, a Ásia agora precisa comprar mais cargas do Atlântico.

As taxas de frete poderiam voltar a subir no final do ano, quando as temperaturas caírem e a demanda por aquecimento aumentar, especialmente porque empresas australianas elevam a produção, o que pode exigir mais capacidade de transporte. A Woodside Petroleum disse que pretende vender mais cargas à vista para aproveitar a alta dos preços do gás.

Anunciado novo aumento da gasolina e do diesel nas refinarias

Aumento no diesel preocupa setor de transportes no Oeste do Paraná; altas constantes impactam diretamente transportadoras do estado.

Fonte: Monitor Mercantil

A Petrobras anunciou hoje que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias a partir de amanhã. O litro da gasolina vendido pela empresa às distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%. A empresa afirma que a parcela da gasolina vendida nas refinarias no preço final do produto encontrado nos postos chegará a R$ 2,33, com um aumento de R$ 0,15. A variação é menor que os R$ 0,21 de reajuste nas refinarias porque a gasolina tem uma mistura obrigatória de 27% de etanol anidro. Já o litro do diesel passará a ser vendido por R$ 3,34 nas refinarias da Petrobras, o que representa um aumento de cerca de 9% sobre o preço médio atual, de R$ 3,06. No caso do diesel, a Petrobras calcula que o impacto para o consumidor final seja um aumento de R$ 0,24, porque o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 12% de biodiesel.

A justificativa é que os reajustes no preço garantem que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento.

O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021. Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, afirma a empresa.

Diante dos diversos reajustes realizados no valor dos combustíveis, os setores contribuintes para a economia brasileira precisaram se adaptar ao novo cenário. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em sua última correção, o diesel ficou R$ 0,25 mais caro nas bombas, encarecendo quase 24% em 2021.

Levantamento realizado pela Petrobras destacou que no decorrer do ano o preço do litro do insumo essencial para o transporte rodoviário de cargas (TRC) acumulou uma alta de 51% nas refinarias, impactando o preço a ser pago nas bombas de combustível. Segundo a ANP, o avanço na concentração oscila entre 36% para gasolina e 37% para o diesel, refletindo diretamente no segmento.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná (Sintropar), Antonio Ruyz, o diesel é parte vital para as atividades das transportadoras, sendo responsável por cerca de 50% do faturamento das operações.

Como o diesel é o nosso principal elemento de trabalho hoje, qualquer aumento impacta imediatamente os transportadores paranaenses, porque é preciso abastecer diariamente os caminhões. Os custos operacionais estão elevadíssimos e seguem subindo, de modo que ele acaba se tornando um grande vilão dentro do segmento, explica Ruyz.

Levantamento realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou que mais de 60% de tudo o que é transportado no Brasil passa pelo modal rodoviário, que possui grande importância para a economia do país. Portanto, o presidente destaca que o segmento deve se manter atento e buscar novas soluções. Até o momento, a elevação no preço do diesel ainda não comprometeu o escoamento. No entanto, o transportador hoje não consegue mais absorver todos esses aumentos que vêm ocorrendo na cadeia de transporte, seja no óleo diesel, na mão de obra, nos pneus ou na manutenção, o que nos leva a buscar novas alternativas, aponta.

Atuando no TRC há mais de 15 anos, Eduardo Ghelere, diretor executivo da Ghelere Transportes, transportadora associada ao Sintropar, e suplente de diretoria do sindicato, ressalta que o aumento do combustível tem afetado diretamente o caixa das empresas.

A demora na recuperação de tarifa aliada ao grande impacto do diesel no custo da operação fará talvez com que algumas empresas não tenham tempo de sobreviver a este período de alta. As transportadoras tendem a ser resilientes, pois têm custos flexíveis e se adaptam com facilidade, mas se tratando do principal insumo, se não for possível recompor rapidamente as tarifas, a conta chegará rápido, alerta o executivo.

Pautada nos altos custos dos combustíveis, uma discussão que vem ganhando espaço e sendo apontada como alternativa para a situação é uma outra forma de calcular o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Foi aprovado em 13 de outubro pela Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei complementar (PLP) que altera o modo como são feitas as cobranças dos combustíveis, com base no imposto.

Segundo a apuração mais recente da ANP, os tributos federais e estaduais correspondem a aproximadamente 40,7% do preço da gasolina, por exemplo, comprometendo boa parte do valor que será praticado nos postos. Ghelere destaca que apesar de a PLP trazer um reparo para o atual cenário, a solução para o real problema é muito mais complexa.

No caso do diesel, o ICMS é um item importante, mas o cenário é bem maior que este. Convenhamos que é importante tratar deste tema e ter uma solução em definitivo, até porque os estados aumentaram a pauta de ICMS e tiveram arrecadação recorde em cima de um produto que é básico para o funcionamento de qualquer atividade. No entanto, essa alternativa não deve ser encarada como controle, e sim como alternativa para um problema que já vem incomodando há bastante tempo, que é a arrecadação desenfreada do estado, ressalta.

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