ESG / Environment, Social & Governance
28, Out. 2021
Por que
precisamos nos preocupar com o ESG?
Fonte: Editora
Roncarati / Autor: Eduardo Person Pardini / É sócio principal, responsável
pelos projetos de governança, gestão de riscos, controles internos e auditoria
interna da Crossover Consulting & Auditing. É diretor executivo do Internal
Control Institute / Chapter Brasil, palestrante e instrutor do IIA Brasil.
Todos os dias
estas três letras estão mais presentes nas mídias e nas discussões
corporativas. Elas estão presentes também, nas discussões estratégicas das
empresas, principalmente aquelas no rol das corporações progressistas.
Uma das
consequências da pandemia é que as fragilidades e vulnerabilidades corporativas
ficaram mais expostas, mais latentes, requerendo das organizações uma revisão
de sua dinâmica de negócios e um realinhamento de seu posicionamento no
mercado.
Precisamos
entender que o mercado tem visto o ESG como um risco de investimento e a não
adesão e aplicação de ações baseadas neste conceito tem correlação com
possíveis perdas financeiras.
Para ilustrar,
vamos imaginar, por exemplo, quais impactos podem trazer para a organização
quanto da materialização de um ato de corrupção em suas relações com terceiros,
ou então, a ocorrência de um evento que impacte negativamente o meio ambiente,
ou o tratamento discriminatório junto a um stakeholder. Qualquer um destes
eventos pode trazer perdas de reputação e consequentemente perdas financeiras.
Este é um dos
motivos para que a empresa esteja atenta para que sua operação e seus negócios
não contribuam para o aumento da desigualdade social, ou destruição dos
recursos naturais, da biodiversidade e assim por diante, impactando
negativamente sua imagem e reputação.
A sociedade está
mais madura em relação a estes temas, e mais exigente em relação aos produtos e
serviços que consome, não somente em relação a qualidade, mas em relação de sua
origem e qual o impacto que o consumo deste produto ou serviço traz para a
qualidade do meio ambiente e/ou para a qualidade de vida da sociedade.
Este é um
movimento mundial, que começou a criar corpo por meio de uma publicação do
Banco Mundial em 2004 denominada Who Cares Wins, traduzindo: Ganha Quem se
Importa.
Esta publicação
teve a parceria do Pacto Global das Organização das Nações Unidas, de forma que
considerar os 10 Princípios universais do Pacto Global como paradigma para
implementação do ESG na corporação, pode ser um ponto de partida interessante.
Já existem
fundos considerados ESG os quais investem somente em empresas e negócios com
premissas socioambientais. Existem pesquisas que demonstram a intenção de
investidores não investirem em produtos e/ou serviços que não estejam alinhados
com o ESG, de forma que a empresa que não estiver alinhada, além de ter seu
valor duramente impactado, aumenta o seu risco de continuidade.
Existem algumas
empresas que já fornecem os ratings de ESG, mas ainda não existe um padrão e
nem um entendimento único, gerando confusão e dificuldade de comparação. Não é
um processo simples, mas está em amadurecimento, e acredito que chegar em uma
padronização será uma questão de tempo.
Nesta esteira,
já existem organismos solicitando que as grandes empresas, voluntariamente,
publiquem, em seus relatórios, suas ações e impactos em ESG, e possivelmente os
órgãos reguladores deverão, em pouco, tempo, incluir como requisito de
transparência.
A meu ver,
independentemente de ser uma exigência legal, as empresas que quiserem estar na
vanguarda, deverão incluir em seu portfólio, ações efetivas relacionadas com o
ESG, e de forma bem transparente, levar ao público, sua preocupação com a
proteção do ambiente e do social, com uma base sólida de governança.
Espero que tenha
sensibilizado vocês sobre a importância que este tema deve ter nas discussões
estratégicas de sua organização. Agora vamos entender um pouco mais sobre o que
está por trás de cada uma das letras desta sigla, de forma a contribuir para o
direcionamento das ações necessárias para a condução deste programa:
Environmental
(Ambiental)
As decisões de
gestão devem sempre levar em conta a sustentabilidade, optando por ações que de
alguma forma contribua com a redução de emissão de gases, uma melhor gestão de
resíduos, maior proteção da biodiversidade, utilização, em sua operação, de
produtos e materiais reciclados, sustentáveis ou biodegradáveis, incluindo a
utilização e gestão racional da água e energia. O ponto aqui não é somente de
ações não poluentes ou degradantes, mas também ações que recuperem a
biodiversidade e melhorem a qualidade ambiental.
Social
É o compromisso
com a inclusão e diversidade em seus quadros de colaboradores, terceirizados e
prestadores. Tem especial atenção com a saúde e bem-estar de seus
colaboradores, proporcionando melhor qualidade de vida para ele e seus
familiares. Considerar que suas ações podem e irão impactar a comunidade onde
está inserida, podendo, muitas vezes, estender para toda a sociedade, de forma
que devem ser muito bem planejadas e alinhadas com este quesito social. O
respeito ao consumidor, e se for o caso, a proteção e bem-estar dos animais que
fazem parte de seu ecossistema.
Governance
(Governança)
Este item está
muito relacionado com um dos pilares da governança corporativa que é a
responsabilidade corporativa e social. Ele abrange o equilíbrio das decisões de
liderança, processos de sucessão, equilíbrio entre lucro e criação de valor a
todas as partes relacionadas de forma sustentável. Comprometimento e promoção
de ambiente pautado por valores éticos, morais, a aplicação das melhores
práticas de gestão para a identificação, avaliação e tratamento dos riscos,
inclusive os de Compliance, além do apoio para a existência de um efetivo
sistema de controles internos.
A aplicação de
todos estes conceitos deve seguir a mesma estrutura utilizada para qualquer
outra boa prática a qual tenha impacto na cultura da organização. É preciso um
processo contínuo de sensibilização de toda a organização, terceirizados,
prestadores e fornecedores em relação aos atributos ESG.
O
comprometimento inequívoco da estrutura de governança (conselho, comitês
estatutários e gestão executiva) com os padrões exigidos pelo ESG é condição
precípua para a efetividade do programa, que não pode ficar somente no
discurso, ou nos relatórios, mas estar integrado nas ações da corporação.
Transparência,
estrutura formais (políticas, procedimentos, gestão de riscos e comunicação) e
processo de monitoramento contínuo e independente, são atributos que devem
estar presentes para a efetividade do programa ESG.
O amadurecimento
de todo este processo é parte da vivência, da execução, do monitoramento e do
aprendizado obtido, gerando ações de melhorias.
Neste sentido as
três linhas de gestão devem estar e tem responsabilidades claras sobre isto:
• Gestão (1ª
Linha) / Modelagem, implementação, gestão, controle, monitoramento e ações de
melhoria.
• Especialistas
(2ª Linha) / Apoio na criação, modelagem implementação, avaliação dos riscos e
vulnerabilidades, ajuda na definição dos tratamentos aos fatores de riscos, e
no processo de monitoramento.
• Auditoria
Interna (3ª Linha) / Avaliação independente se os riscos relacionados com ESG
foram adequadamente identificados, avaliados e tratados; se as ações de
mitigação e contingência existem e são eficazes, e se o ambiente de governança
está alinhado aos requisitos do ESG.
Deve haver um
foco ampliando de toda operação e seus impactos nas atividades externas; o
conhecimento da dinâmica dos ciclos de negócios, segmentados por processos
operacionais e tarefas é imprescindível; entender as ameaças, exposição,
vulnerabilidades são pontos essenciais para a condução de todo este processo.
Os especialistas
em controles internos devem contribuir efetivamente na implementação dos
atributos ESG em toda a organização, e os auditores interno, devem a partir de
agora incluir a avaliação do ESG em seu escopo de trabalho, sem exceção.
Para finalizar
gostaria de deixar uma pergunta para reflexão:
O que sua
organização faz de especial para ela de forma a se tornar especial para a
sociedade?
Não acredito que
a organização tenha que se tornar casa de caridade, mas ela tem
responsabilidades na gestão sustentável do capital. Não é possível mais colocar
o lucro acima de tudo.
Brasil permanece
como oitavo país com maior potencial para o mercado de seguros
Fonte: Sonho
Seguro
Novo
levantamento da MAPFRE Economics mostra que País manteve a posição pelo 3º ano
consecutivo entre as 96 nações analisadas; China, Estados Unidos e Índia seguem
na liderança dos rankings de Vida e Não-Vida
O Brasil
permanece como o 8º país com maior potencial para crescimento do setor
segurador pelo terceiro ano consecutivo, segundo o Índice Global de Potencial
Segurador (GIP), desenvolvido pela MAPFRE Economics, área do Grupo MAPFRE
dedicada a pesquisas e análises sobre seguros, previdência, macroeconomia e
finanças. No ranking, que analisou 96 mercados, o País sustentou o oitavo lugar
nos segmentos Vida e Não Vida, mantendo-se estável em relação ao levantamento
anterior, divulgado em outubro de 2020.
O GIP mostra
que, além de seu valor social de proteção às pessoas, patrimônios e empresas, o
seguro tem um peso específico nas economias, tanto nas desenvolvidas como nas
emergentes. E mesmo diante de tantas adversidades causadas pela pandemia, o
Brasil sustentou seu grande potencial para o desenvolvimento do mercado
segurador, comenta Fernando Pérez-Serrabona, CEO da MAPFRE Brasil.
De acordo com o
executivo, as oportunidades para a cultura do seguro seguir sua trajetória de
crescimento já fazem parte do dia a dia do mercado brasileiro. Vivemos uma
sociedade cada vez mais consciente em planejar seu futuro, sua sucessão e a
proteção de seu patrimônio, acrescenta.
O GIP-MAPFRE
mostra que, em 2020, o potencial de seguro referente a cada um dos países que
ocupam as dez primeiras posições do ranking teve leve aumento em relação ao
registrado em 2019. Os dez principais países do ranking em 2020 representam
69,3% do seguro global potencial medido por meio do MAPFRE GIP, sendo que mais
da metade desse potencial é atribuído a cinco mercados (China, Estados Unidos,
Índia, Rússia e Japão). Em 2019, essas nações representavam cerca de 66%.
Na área de
Não-Vida, cinco países (China, Estados Unidos, Índia, Japão e Indonésia)
concentram 56,3% do mercado potencial, 1,3% a mais que no ano anterior. Outras
cinco nações (Rússia, Alemanha. Brasil, Reino Unido e Turquia) respondem por,
aproximadamente, 11,2% do potencial desse segmento de seguro, índice
considerável estável em relação ao ano a passado (12%), mesmo diante da leve
queda de 0,8%. Vale ressaltar que o Reino Unido não figurava entre os 10 primeiros
em 2019, trocando de lugar com a França, que passou para a 12ª posição.
O Índice
O GIP é a
primeira métrica internacional que apresenta os países com mais possibilidades
de crescimento para a indústria seguradora em médio e longo prazos.
O índice, desenvolvido
pela MAPFRE Economics, se baseia na Estimativa da Abertura de Proteção do
Seguro (BPS), que representa a diferença entre as coberturas de seguros que são
economicamente necessárias e benéficas para a sociedade e o valor dessas
coberturas efetivamente adquiridas.
O conceito se
modifica em função do crescimento da economia e da população de um país e do
surgimento de novos riscos inerentes ao desenvolvimento econômico e
social.
No estudo mais
recente, essa diferença atingiu 5,67 trilhões de dólares em todo o mundo e está
dividido em 68,1% para o BPS do segmento Vida e os 31,9% restantes
correspondente ao segmento Não Vida (3,86 e 1,81 bilhões de dólares,
respectivamente).
Em termos
gerais, os impactos gerados pela pandemia afetaram menos o segmento Não-Vida do
que o segmento Vida. Portanto, a taxa de penetração tem sido maior e a
contração do BPS tem sido maior em Não-Vida do que em Vida, avalia Manuel
Aguilera Verduzco, diretor-geral da MAPFRE Economics. Junto com o efeito
anterior sobre os prêmios, devemos acrescentar o maior impacto negativo que a
pandemia teve sobre o PIB mundial, que tem respondido com mais imediatismo em
sua queda e que foi transferido por efeito indireto em uma taxa de penetração
mais elevada, conclui.
Responsabilidade
Profissional
Ações judiciais
por erros médicos tem crescimento exponencial
Fonte: CQCS
Médicos também
erram e pode custar caro, às vezes, todo o patrimônio. Muitos profissionais
desconhecem que uma apólice de seguros pode proteger de problemas judiciais,
por exemplo.
Dados do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) mostram que o número de ações judiciais
apontando erros médicos triplicou no Brasil entre 2014 e 2021. Em entrevista ao
CQCS, Dorival Alves de Sousa, corretor de seguros e advogado, diz que os
profissionais de saúde são solicitados a fazer pagamentos por danos morais,
ressarcimento de valores gastos com procedimentos, indenização por danos
estéticos ou até mesmo pagamento de pensão vitalícia.
Para
Dorival, o mercado de Responsabilidade Civil Profissional Médico tende a
ganhar maior atenção dos profissionais da área de saúde e, por isso,
os Corretores precisam ficar atentos a este produto para vender
mais. Dorival revelou que ainda existem muitos profissionais da área da
saúde que não sabem e nem conhecem uma forma de se proteger dessas
situações. Nesse cenário, a atuação do corretor é fundamental. De
acordo com ele, a princípio, alguns médicos contratavam esse seguro por
obrigação contratual exigida por alguns hospitais e instituições de saúde, até
que perceberam o quanto o seguro é importante e necessário para proteção
profissional, do patrimônio e do paciente.
Hoje os médicos
já entendem melhor os riscos a que estão expostos. Além disso, o mercado
brasileiro se tornou muito litigioso. Os processos se avolumaram nos tribunais
diante do fato que as pessoas, digo, pacientes e seus familiares, conhecem mais
os seus direitos e buscam cada vez mais a Justiça e as redes sociais, destacou
Dorival.
Segundo o
corretor, em pesquisas realizadas, foi notado que muitos médicos estão
aceitando as coberturas e assistências dos produtos como assistência
jurídica e suporte psicológico, até extensão de cobertura para funcionários,
empresas contratadas e apoio com honorários advocatícios e investimento em
campanha de comunicação para recuperação da imagem da empresa ou do médico.
A
Responsabilidade Civil Médica vem enfrentando crescente judicialização. Para
Dorival, também é necessário estudar as disposições do Código Civil, Código de
Ética Médica, Código de Defesa do Consumidor e a legislação complementar a
respeito do assunto, bem como do entendimento jurisprudencial, em especial do
Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em casos de
problemas decorrentes de erros, é comum que a parte afetada responsabilize o
médico e entre com ação judicial, o que resulta em gastos com a parte jurídica
e um eventual custo de indenização. O Seguro de Responsabilidade Civil
Profissional vai auxiliar nessa parte e, mais do que isso, a garantir a
tranquilidade para que o profissional continue exercendo sua profissão sem
temer grandes prejuízos.
Outubro Rosa:
Seguro de vida auxilia no tratamento do câncer de mama
Cobertura de
doenças graves oferece proteção para o câncer de mama, colo de útero, ovário e
outras patologias.
Fonte: Revista
Apólice
A campanha
Outubro Rosa foi iniciada em 1990 como uma ação internacional de
conscientização para o controle do câncer de mama, visando compartilhar
informações e promover acesso ao diagnóstico e tratamento da doença. Segundo a
Agência Senado, esse é o tipo mais comum de câncer entre as mulheres
brasileiras, depois do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional de
Câncer (Inca) aponta que são 66 mil novos casos e 18 mil mortes por ano.
O diagnóstico de
uma doença grave como o câncer pode acabar impactando, e muito, a vida
financeira da cliente e sua família, pois muitas vezes são responsáveis pelo
sustento da casa. Para enfrentar a luta contra o câncer de mama, o seguro de
vida pode ser um grande aliado. Atualmente as seguradoras passaram a oferecer
apólices voltadas especificamente para mulheres, nas quais a segurada recebe o
benefício ainda em vida, caso seja diagnosticada com a doença, e pode usar o
dinheiro para custear o tratamento.
Entre as
coberturas básicas da apólice estão:
– Morte: é
garantido o pagamento do seguro de 100% do capital segurado contratado para
esta cobertura em caso de morte natural ou acidental da segurada, observadas as
condições contratuais, desde que não se trate de risco expressamente excluído.
– Decessos:
garante a prestação do serviço ou o reembolso dos gastos com o sepultamento ou
a cremação (onde existir este serviço no município de moradia habitual da
cliente), até o limite do capital segurado contratado para esta cobertura, em
caso de falecimento da segurada.
Segundo André
Serebrinic, diretor de Vida, Previdência, Capitalização e Odonto da Mapfre, as
mulheres têm se tornado, a cada dia, um dos principais focos do mercado de
seguros e ele tem se movimentado para oferecer cada vez mais benefícios que
atendam todas as suas necessidades. A cobertura de doenças graves, além da
indenização para o caso de diagnóstico para o câncer de mama, também possui
proteção para colo de útero, ovário e outras patologias. Com a possibilidade de
customização, ele atende as necessidades de cada indivíduo, disponibilizando
uma série de coberturas, ajudando em diferentes momentos e etapas da vida.
Dennys Rosini,
diretor de Produtos da Prudential do Brasil, ressalta que contar com a proteção
de uma cobertura para Doenças Graves na apólice do seguro de vida significa
poder receber o apoio financeiro necessário para os custos de tratamento,
adaptação da casa e até mesmo incremento do orçamento para despesas domésticas
no momento do diagnóstico. Vale destacar que o benefício pode ser usado pelo
cliente da forma que ele desejar, não estando atrelado a uma imposição
qualquer. Isso é importante porque quando falamos em estabilidade financeira em
um momento como este não estamos falando somente das possibilidades de
tratamento que o segurado pode financiar, mas também da segurança financeira
que a quantia recebida lhe permite aplicar para uso e benefício da própria
família. Sabemos o quanto uma doença pode devastar uma família e o seguro de
vida cumpre aqui o seu papel.
Os produtos da
BB Seguros têm coberturas modulares, que podem compor a apólice do segurado de
acordo com as suas necessidades. São três perfis de planos: Vida Leve, Vida
Plena e Vida Total. Nos planos Vida Pela e Vida Total há a cobertura para
doenças graves, incluindo o câncer de mama em grau primário. Além disso, os
planos preveem acompanhamento médico com consultas e exames, algo fundamental
para clientes com esta condição. Hoje as mulheres são quase metade da carteira
de clientes dos nossos seguros pra vida. No último ano registramos um aumento
de cerca de 95 mil mulheres contratando estes seguros. Acreditamos que essa
tendência vai se acelerar nos próximos anos, afirma Karina Massimoto,
superintendente de seguros de vida da companhia.
De acordo Alfeo
Marchi, diretor de mercado da MAG Seguros, todas as seguradoras possuem
responsabilidades nesse mercado. Uma delas é ouvir as demandas da sociedade e
desenvolver produtos que faça sentido para as pessoas. As empresas também têm a
tarefa de difundir a cultura do seguro e do planejamento financeiro por meio de
ações. Além disso, os corretores também possuem papel fundamental, pois eles
são os profissionais que irão conectar as ações que as organizações desenvolvem
com as necessidades e demandas de seus clientes. É preciso que os
distribuidores se coloquem como especialistas nos assuntos e que passem a mensagem
da importância do seguro na vida de cada pessoa, diz.
ABGR também apoia a Medicina Preventiva
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice:
Revista Cobertura:
Revista Segurador Brasil:
Revista Seguro Total:
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed37_2021.pdf
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-917.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/130449/Bia470/index.html
Riscos de Crédito / Gestão Segura e Sustentável On-line
Agenda: 28 de outubro / 18h00 às 20h00
Orientadores: Marcia Ribeiro, Márcia S. Viana Rabelo, Phillip Krinker, Rosana Passos de Pádua e Thiago Amorim
Carga Horária: 02 horas - Núcleo: Networking / Riscos e Seguros
Inscreva-se pelo link: https://agenda.ibefrio.org.br/curso/riscos-de-credito-gestao-segura-e-sustentavel-on-line/#inscr
Elevar Selic
para 7,75% será eficaz no combate à inflação?
Analistas preveem taxa de 11% em maio de 2022.
Fonte: Monitor
Mercantil
A alta da
inflação de alimentos, combustíveis e energia, fez o Banco Central (BC) apertar
ainda mais os cintos na política monetária. Por unanimidade, o Comitê de
Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic, juros básicos da economia, de
6,25% para 7,75% ao ano. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que
esperavam reajuste para 7,5% ao ano.
Em comunicado, o
Copom informou que a instabilidade no mercado financeiro provocada pela decisão
de mudar o cálculo do teto de gastos fez o BC aumentar ainda mais o ritmo de
aperto monetário. Na avaliação do órgão, os acontecimentos recentes elevaram o
risco de a inflação subir mais que o previsto, justificando a alta dos juros. O
Copom informou que também deverá elevar a Selic em 1,5 ponto percentual na
próxima reunião do órgão, em dezembro.
Para o
economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, a decisão
destaca que a inflação está alta e que tem surpreendido as expectativas, em
meio à disseminação das pressões para itens menos voláteis da cesta. A alta do
câmbio, com o dólar saindo da faixa dos R$ 5,30 para R$ 5,60, as últimas
divulgações do IPCA acima do esperado e, principalmente, a piora no cenário
fiscal justificaram a aceleração de 1% para 1,50% nesta reunião.
No modelo do
Copom, as projeções de IPCA subiram de 8,5% para 9,5% em 2021 e de 3,7% para
4,1% em 2022. Para 2023, a projeção cedeu de 3,2% para 3,1%.
Borsoi explica
que o comunicado ressaltou que os questionamentos do arcabouço fiscal
(depreciação cambial e as chances de ajustes de preços defensivos por parte do
setor produtivo) elevam a probabilidade de a inflação surpreender para cima as
projeções do cenário base. O Copom também mudou a prescrição de política
monetária, ao descrever que o ciclo de aperto deve avançar ainda mais no
território contracionista.
Segundo o
economista, frente à piora significativa nas projeções de inflação e o cenário
de riscos, o comitê antevê um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião, mas
deixou a porta aberta para uma revisão do ritmo, caso haja um agravamento no
processo de deterioração das expectativas de inflação. Sendo assim, mantivemos
nossa projeção de alta de 1,50% na reunião de 8/dez, com a taxa Selic
terminando 2021 em 9,25%. Em nossa visão, o ciclo deve se estender até mai/22,
com a taxa Selic terminando o ciclo em 11%.
A Força Sindical
considerou a decisão dos membros do Copom de aumentar a taxa de juros um grave
erro. Em nota, a entidade explica que com esta decisão equivocada, o Banco
Central prejudica ainda mais, a já fragilizada economia do nosso país e só
beneficia banqueiros e especuladores.
Segundo a
entidade, é importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se
mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no
combate à inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa
mais desemprego, queda de renda, piora o cenário da economia. Concentra cada
vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros. A crise é
dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o flagelo do
desemprego, amargam alta taxa de juros e a redução nefasta dos seus diretos e
de sua proteção social.
A Força Sindical
defende que a resposta para a crise é o governo retomar a política de redução
da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável com geração de
empregos, redução da desigualdade social, combate à pobreza e distribuição de
renda.
Para o
economista e head de Renda Variável da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti,
o aumento do aperto monetário deve continuar até o primeiro trimestre de 2022,
com a taxa Selic atingindo até 10,50%.
O nosso balanço
de risco cresceu após as declarações do ministro Paulo Guedes de que iria furar
o teto de gastos para conceder o Auxílio Brasil de R$ 400,00. Isso gerou a
apreciação do dólar e consequente, a elevação das expectativas de previsões da
inflação. O BC terá que adotar uma política monetária mais contracionista,
disse Bertotti. O Brasil é muito dependente de insumos importados. O dólar alto
causa grande impacto nos índices de inflação, acrescenta.
Um grande risco,
complementa Bertotti, é a desancoragem fiscal, abrindo precedentes para efetuar
novos gastos, piorando ainda mais orçamento da União. O presidente prometeu na
semana passada uma ajuda financeira para 750 mil caminhoneiros, mas sem indicar
a fonte de recursos. Isso deixa o mercado temoroso, diz ele. O economista lista
fatores adicionais que pressionam a inflação, sobretudo a alta da commodities,
como o petróleo, carvão e gás.
Bertotti
ressaltou que o Boletim Focus do Banco Central, que aponta que a mediana das
estimativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país, já
mostram uma deteriorização do cenário macroecômico, com mudanças nas
expectativas do mercado. A previsão do mercado financeiro para a inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou de
8,69% para 8,96% em 2021 e de 4,18% para 4,40% em 2022.
O mercado
diminuiu a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), que mede o crescimento
da economia brasileira, de 5,01% para 4,97% em 2021 e de 1,50% para 1,40% em
2022. A expectativa do mercado para o dólar também cresceu. Conforme o
relatório, disparou de R$ 5,25 para R$ 5,45 no fim deste ano e no final do ano
que vem.
O triste fim do
teto de gastos
As medidas da
PEC dos precatórios enterrarão de vez o teto de gastos. Seus legados serão
dólar caro, inflação mais alta e juros crescentes, mas não há o menor risco de
aprendermos com nossos erros
Difícil não
tratar do triste fim do teto de gastos, morrendo na ignomínia depois de
serviços relevantes, ainda que pouco reconhecidos, prestados à nação.
A causa mortis é
a combinação de duas medidas: a mudança do indexador das despesas, que aparenta
ser técnica, mas é apenas um exemplo de casuísmo, e a criação de um limite para
o pagamento de precatórios, tema já tratado aqui, mas merecedor de nova visita.
O teto de gastos
criado em 2016 impunha um mecanismo muito simples para (quase todas) as
despesas do governo federal: tomando o dispêndio de 2016 como base, equivalente
a 20% do PIB, seu valor só poderia aumentar no ano seguinte com base na inflação
do ano corrente.
Isto, porém,
criava uma dificuldade de ordem prática. O orçamento federal precisa ser
enviado ao Congresso até o final de agosto, quando não se conhece a inflação
fechada do ano, apenas o valor até julho. Como os técnicos ainda precisam de
algum tempo para terminar de formular o projeto do orçamento, convencionou-se
usar a inflação acumulada nos 12 meses até junho.
Usando este
critério a inflação acumulada desde 2016 atingiria 31,8%, o que implicaria um
valor para o teto de gastos equivalente a R$ 1,610 trilhão em 2022, dado o
valor inicial de R$ 1,221 trilhão.
Parte da
proposta de alteração do teto de gastos refere-se precisamente à medida de
inflação: ao invés de utilizar o IPCA acumulado nos 12 meses até junho,
passaríamos a usar o IPCA de janeiro a dezembro.
A justificativa
para a mudança seria a sincronização dos reajustes. Como certos preços,
notadamente o salário mínimo, são corrigidos pelo INPC (aparentado do IPCA) de
janeiro a dezembro, a alteração para o novo período evitaria possíveis
descasamentos entre o IPCA até junho e o INPC até dezembro.
Trata-se, porém
daquilo que um professor da FGV descrevia como palestra flácida para acalentar
bovinos.
Por exemplo, no
dia 29 de julho reportagem da CNN revelava o então secretário do Tesouro,
Jefferson Bittencourt, afirmando que novas estimativas sobre a evolução das
despesas obrigatórias do governo mostram um espaço de até R$ 30 bilhões dentro
do teto de gastos no ano que vem [2022], exatamente por força do descasamento,
já que a inflação nos 12 meses até junho atingira 8,3%, enquanto o IPCA
esperado para 2021 àquela altura do campeonato se encontrava na casa de 6,5%.
Diga-se de passagem, não foi a única manifestação a respeito por parte de
membros da equipe econômica.
Todavia, com a
piora das perspectivas inflacionárias no período mais recente (próximas a 9%),
a avaliação mudou. À luz disto, a nova sistemática proposta permitiria ajustar
o teto, retroativamente, em quase 36% desde 2016, isto é, para R$ 1,658 trilhão
em 2022, contra R$ 1,610 trilhão pela metodologia atual, na prática
elevando a permissão para gastar em R$ 48 bilhões. Vale dizer, um casuísmo.
Em outra
dimensão, a proposta limita o pagamento de precatórios ao valor observado em
2016, devidamente ajustado pela inflação do período (aproximadamente 36%, como
notado), ou seja, R$ 42 bilhões, enquanto o valor previsto no orçamento seria
de R$ 89 bilhões. A diferença, R$ 47 bilhões, poderia ser direcionada a
outras despesas. Obviamente, esta despesa não desapareceu; pode não ser desembolsada
em 2022, mas ocorreu no critério de competência e como tal deveria ser
contabilizada.
No conjunto da
obra, portanto, as duas medidas permitiriam R$ 95 bilhões em novos gastos,
acomodando, entre outros, o aumento associado à criação do Auxílio Brasil,
orçado oficialmente em R$ 75 bilhões, R$ 40 bilhões a mais do que o gasto com o
Bolsa-Família, além dos impactos do maior reajuste de salário mínimo, etc.
O objetivo é
claramente meritório, mas, como notado por outros analistas de contas públicas,
poderia ser atingido sem casuísmos e gambiarras, desde que a administração
estivesse disposta a enfrentar grupos de interesse.
As emendas do
relator, por exemplo, mecanismo que permite ao relator do orçamento, direcionar
recursos por critérios, digamos, discutíveis, representam valor em torno de R$
20 bilhões, capazes de acomodar cerca de metade do aumento do gasto social.
Emendas individuais e de bancadas totalizam um pouco menos, R$ 16 bilhões, mas
também possibilitariam expansão considerável do gasto social. Vale dizer, há
recursos no orçamento dentro das regras correntes; o que não há é vontade e
coragem.
O impacto no
resultado primário de 2022 é considerável, mais do que dobrando o déficit
esperado para o ano que vem, mas. grave como é, não é ainda o principal
problema. Como bem destacado por Marcos Mendes, o fim do teto marca a volta
para o regime anterior de política fiscal, marcado pela expansão persistente
das despesas públicas.
Nunca é demais
lembrar que as despesas do governo federal representavam o equivalente a 14% do
PIB em 1997, mas, depois de crescerem em média 6% ao ano acima da inflação,
chegaram a 20% do PIB em 2016, implicando não apenas uma constante pressão de
demanda, mas em determinados momentos alimentando também a percepção de
crescimento insustentável da dívida, dois fatores que contribuíram, dentre
outros, para a manutenção de taxas de juros elevadas no país.
Não por acaso as
taxas reais de juros caíram significativamente com a adoção do teto de gastos
sem acelerar a inflação, em contraste com tentativas anteriores. Também não por
acaso, voltaram a subir de maneira acelerada nos últimos meses.
O gráfico acima
ilustra o comportamento das taxas reais de juros futuras para o período 4,5 a 5
anos à frente, portanto bem menos influenciado pelas perspectivas de política
monetária do que as taxas mais curtas, revelando não só a forte redução a
partir de 2016, como a correção expressiva ao longo dos últimos meses.
O legado da
lambança é claro: dólar mais caro, expectativas de inflação mais altas, assim
como taxas de juros mais elevadas. Deveria servir de aviso aos que defendiam
seu fim, agora supérfluos em vista da lenta agonia do novo regime fiscal, que
mal durou cinco anos (dos quais apenas dois em plena forma), mas provavelmente
seguirá ignorado.
Nenhuma surpresa
aqui: além do Carnaval, samba e (em outros tempos) o futebol, uma das nossas
marcas mais fortes é jamais aprender com os próprios erros.
Fonte: InfoMoney
/ Autor: Alexandre Schwartsman foi diretor de assuntos internacionais do Banco
Central e economista-chefe dos bancos ABN Amro e Santander. Hoje, comanda a
consultoria econômica Schwartsman & Associados. Formou-se em administração
pela Fundação Getulio Vargas, fez mestrado em economia na Universidade de São
Paulo e doutorado em economia na Universidade da Califórnia em Berkeley.
País gastou
mais, tudo bem. Mas que pare por aí, diz Abilio Diniz
Fonte: Estadão
O importante, no
sofrido Brasil de hoje, não são os R$ 30 bilhões destinados ao Auxílio
Brasil. E, sim, o governo deixar claro que esta retirada, além do teto de
gastos, pare por aí. Que não seja uma porta aberta... É nesses termos que Aílio
Diniz vê a situação da atual política econômica. Falar em caos ou
catástrofe, como tantos estão fazendo, lhe parece exagero. Entretanto, o
empresário admite que coisas essenciais têm de ser recuperadas, em especial a
capacidade de investir.
Nesta entrevista
a Cenários, Diniz, presidente da Península Participações, pede
estabilidade, clareza, confiança. E critica projeções feitas sobre possível
recessão. Aqui vão trechos da conversa.
O Brasil e o
mundo vivem hoje uma crise econômica, e muitos acham que vem por aí uma realidade
bem diferente. Consegue prever algo para frente?
Não vejo o
Brasil desse jeito, acho que temos de ser um pouco mais condescendentes e não
ficar olhando só para o retrovisor. Nosso PIB caiu 4,1 em 2020, número igual ao
dos EUA e Europa. A Europa caiu entre 9% e 10%. Este ano vamos crescer 5%
em cima de uma base que não caiu tanto. Então, dizer que estamos numa crise
monumental, não é bem assim. Vivemos uma certa incerteza, e o que precisamos é
de estabilidade e clareza. Temos instituições fortes e precisamos é ter mais
confiança no País.
A crise é mais
política do que econômica? É de comunicação, com as redes sociais a cada hora
espalhando uma coisa diferente?
Estamos vindo de
uma pandemia brutal, que assolou o mundo inteiro, e aumentamos muito o número
de desempregados. Mas já voltamos a gerar emprego, voltamos a entrar numa
estabilidade na economia. O que está faltando é mais serenidade e
tranquilidade.
E quem pode
trazer isso?
Todos nós.
Primeiro os governantes, Executivo, Legislativo e Judiciário, e depois nós
mesmos, a mídia também ajudando. Por exemplo, essa onda agora de catastrofismo
que assolou o Brasil, ah, estourou o teto de gastos, o Brasil vai acabar, não
tem mais jeito... É uma crise criada, o anúncio de um caos que não existe.
Primeiro, não estourou o teto de gastos. Foi feita alguma coisa além desse
teto. Se olhar o quanto esse número impacta a relação dívida-PIB, isso que foi
feito agora para atender os vulneráveis, os que mais precisam... Não vai
acontecer nada com o nosso País. O importante é que essa retirada do teto de
gastos pare por aí. Que não seja uma porta aberta para continuar, pois aí
ninguém realmente sabe onde irá parar.
Essa é a
questão, não é? Como controlar isso? Os EUA derramaram trilhões na economia
interna, e ninguém gritou por lá. Aqui se grita porque não se sabe qual é o
limite?
Não é só por
isso. Os EUA têm orçamento, eles não têm um teto rígido como o nosso. Aqui
pusemos R$ 700 bilhões além do permitido. E o que está sendo dado agora é algo
ao redor de R$ 30 bi. Não é isso que vai desestabilizar a economia. Nós
precisamos é de um pouco mais de clareza nas coisas. O governo precisa
declarar, tanto o presidente da República quanto o da Câmara: Olha, acabou, não
vai ter mais nada além disso.
Isso poderia ao
menos diminuir a confusão.
E a gente
precisa parar de fazer barulho, pois tem muito barulho em torno disso. Agora,
temos nos debatido ultimamente com a inflação, e uma das coisas que mais
pressionam para a inflação é a taxa de câmbio. E como a taxa de câmbio pode
cair? Não é por ato do Banco Central, é por confiança no País. O dinheiro só
está saindo, não tem voltado. Veja, o Brasil tem tudo para chegar aos 5% de
crescimento este ano e já tem gente fazendo prognóstico de 0,5% negativo no ano
que vem. Acho uma temeridade se falar uma coisa desse tipo.
Para ter
investimento precisa de confiança, não é?
Precisamos de
investimento, sem ele não se cresce. Na hora em que dermos confiança política e
segurança jurídica, virá muito dinheiro de fora. Acho que isso pode ser
reconquistado. Tem muito dinheiro no mundo que precisa de ter lugar para
investir.
Em quais setores
a Península, no Brasil de hoje, está de olho?
A Península é
uma empresa de investimento, certo? Abrimos uma gestora, a 03
Capital no meio do ano também para investidores externos. E ela vai muito
bem. Há dois campos que olhamos com muita atenção, os da educação e da saúde. O
campo dos cuidados pessoais também olhamos. Na educação, há muita coisa a ser
feita e na saúde, mais ainda.
Na saúde, o que
está sendo feito?
Veja só, a gente
tem uma tendência para desvalorizar nosso País. Olha o baile que o
SUS deu. Começamos a ter grande quantidade de vacinas mais tarde, e veja a
quantidade que já vacinamos. É fantástico. Temos que nos queixar do que não
está bom, mas temos de ver qual é a nossa parte, o que podemos fazer para
ajudar. Como empresário, a coisa que eu mais posso fazer é tocar bem a empresa
e gerar emprego. Gerar emprego é o mais importante que podemos fazer no Brasil.
Pré-sal venderá
mais de 55 milhões de barris de petróleo
Leilão será
realizado no dia 26 de novembro na B3
A Pré-Sal
Petróleo publicou nesta terça-feira (26), no Diário Oficial da União, o edital
do 3º Leilão de Petróleo da União, que comercializará mais de 55 milhões de
barris de petróleo de propriedade da União dos campos de Búzios, Sapinhoá e
Tupi e da Área de Desenvolvimento de Mero. O leilão ocorrerá na B3, no dia 26
de novembro. O pré-edital do leilão esteve disponível para consulta pública
durante o mês de setembro.
De acordo com o
edital, podem participar do certame como proponentes individuais as empresas de
petróleo que já sejam membros de consórcios no pré-sal, refinarias que tenham
logística comprovada para a retirada do óleo e empresas brasileiras de trading.
Em caso de consórcio, esse poderá ser composto por até três companhias, entre
uma empresa de petróleo, uma refinaria, uma trading brasileira e uma empresa de
logística. A mesma empresa pode participar de mais de um consórcio, desde que
seja para compra do petróleo de campos diferentes.
O leilão será
presencial, a partir das 14h do dia 26 de novembro. As cargas serão leiloadas
na seguinte sequência: Búzios, Tupi, Sapinhoá e Mero. Para cada campo serão
oferecidos contratos cujos prazos podem variar de 24, 36 ou até 60 meses. A
maior carga a ser comercializada é da Área de Desenvolvimento de Mero. O
comprador poderá adquirir um lote de 43,4 milhões de barris em 36 meses ou de
19,8 milhões em 24 meses. É importante frisar que os volumes são estimativas da
futura parcela de petróleo da União nestes campos, que contemplam as incertezas
inerentes ao processo. Isso significa que, ao arrematar um lote, o comprador
terá disponível toda a carga nomeada no período, ainda que seja maior ou menor
ao volume estipulado no edital. As cargas estarão disponíveis para embarque a
partir de 2022.
Dinâmica do
leilão
Na primeira
fase, serão oferecidos lotes de maior prazo para cada campo. Cada proponente
entregará sua proposta escrita, tendo como base o Preço de Referência (PR)
fixado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP)
para o respectivo petróleo. Se houver mais de um proponente, terá início o
leilão a viva voz. Vencerá a empresa que oferecer o maior ágio.
Caso não haja
proponente para o lote de maior prazo, será realizada uma nova etapa, com a
reabertura do referido lote para contrato de menor prazo. Da mesma forma,
vencerá quem ofertar o maior ágio sobre o PR, podendo ou não ter etapa a viva
voz.
Após o leilão de
todos os lotes, se algum deles não tiver sido comercializado, terá início a
fase da Repescagem. O lote será reapresentado pelo menor prazo e o vencedor
será aquele que oferecer a menor oferta de deságio em relação ao PR. Da mesma
forma que na fase anterior, se houver mais de um proponente, terá início o
leilão a viva voz. A Pré-Sal Petróleo poderá aceitar ou não a oferta.
Fonte: Revista
Portos e Navios