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COP26 & Mudanças Climáticas

29, Out. 2021

COP26: Ações para frear os impactos das mudanças climáticas

Comprometida com a redução e o sequestro de carbono da atmosfera, seguradora adota iniciativas com produtos e serviços aderentes às premissas de sustentabilidade

Fonte: Zurich / Sonho Seguro

A Zurich lança mundialmente o relatório Podemos juntos limitar o aquecimento global a 1,5°C?, documento que traz o contexto atual dos temas sociais, ambientais e econômicos relacionados às mudanças climáticas, com sugestões e direcionamentos de como podemos frear os impactos dessas transformações em nosso planeta. O paper ajuda a esclarecer os compromissos dos governos no Acordo de Paris, em 2015, e destaca que o homem é o responsável pelos danos à natureza por conta de velhas práticas.

Um dos destaques do documento é o Scorecard de Mudanças Climáticas da Zurich que, por meio de 12 métricas climáticas, aponta como estamos evoluindo para reduzir o aquecimento global a menos de 2° C, o que evitaria que o mundo chegasse num ponto sem retorno no qual não haverá mais como evitar uma situação catastrófica.

Segundo Lucía Sarraceno, superintendente responsável por Sustentabilidade na Zurich no Brasil (foto), o papel principal do relatório é mostrar o que podemos fazer para limitar o aquecimento global a 1,5°, e principalmente, reforçar que isso é possível.

O paper apresenta soluções para governos, empresas e instituições diminuírem os riscos das mudanças climáticas, com investimentos em novas tecnologias de energias renováveis, redução/eliminação do consumo de combustíveis fósseis e inovações para a captura de carbono, pontua a executiva. E alerta que, para que tudo isso seja feito em tempo hábil, serão necessários investimentos anuais de US$ 6,9 trilhões até 2030. Faz, portanto, um balanço da situação entre a COP21, há cinco anos, e a COP26, que acontece em Glasglow, na Escócia, em novembro, complementa.

Intimamente comprometida com a causa, em 2019, a Zurich aderiu à Net-Zero Asset Owner Alliance e vem fazendo investimentos globais de impacto que deveriam totalizar US$ 5 bilhões até 2022, a companhia superou esse valor em 2020, quando registrou US$ 5,8 bilhões em investimentos de impacto, com ações que incluem investimentos em green bonds e em infraestrutura limpa, como parques eólicos e solares. A empresa também foi a primeira seguradora a se inscrever no Business Ambition, em junho de 2019, com a meta de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, que é um ponto central que o paper discute.

Junto com o relatório, a companhia anunciou novas medidas globais com relação à sustentabilidade, com o objetivo principal de reduzir as emissões de carbono em até 70% até 2029, serão 40 mil toneladas de emissões de CO2 a menos por ano. Diminuição das viagens aéreas em 70% em relação aos níveis pré-pandemia, adoção de uma frota de carros elétrica ou híbrida até 2025 e a estruturação de uma comunicação 100% digital com os clientes no mesmo prazo são exemplos dessas ações.

Alinhada aos compromissos globais da seguradora, a Zurich no Brasil vem incorporando as questões sustentáveis em diversos produtos, serviços e projetos, bem como na sua estratégia de alocação de recursos nos chamados títulos verdes. Essas ações envolvem todos os públicos com os quais a seguradora se relaciona: funcionários, clientes, parceiros de negócios e comunidades apoiadas pela empresa. Entre as iniciativas, estão:

Green Bonds / A alocação destinada em títulos verdes atingiu um montante próximo à meta estabelecida pela Zurich para 2022, que é de R$ 170 milhões. Atualmente, a companhia soma R$ 150 milhões em Green Bonds, que correspondem a 5% do total de ativos da seguradora.

Zurich4Power / Trata-se da cobertura abrangente e inovadora para os riscos relacionados à instalação, montagem e operação de painéis solares, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Ou seja, o projeto, que foi lançado no começo de 2021, está relacionado à geração de energia renovável e tem como propósito apoiar os clientes, donos do novo equipamento, integradores ou mesmo fabricantes, em seus desafios de sustentabilidade.

Seguro para veículos elétricos e híbridos / Lançado em 2019, além de coberturas tradicionais relacionadas aos casos de colisão, roubo e incêndio, o produto conta com diferenciais, como assistência 24 horas com atendimento concierge, rede de oficinas especializadas e cobertura para os cabos de carregamento em caso de furto/roubo. A iniciativa reflete a aposta da companhia na mudança inevitável pela qual a sociedade está passando e que também é tema do relatório lançado pela Zurich.

Descarte responsável de celulares / Com o objetivo de reduzir ao máximo a emissão de CO2 na operação de sinistros da Zurich de forma certificada, o processo de descarte responsável de celulares e informática visa a reciclar os resíduos da operação de reparo desses equipamentos, tais como peças danificadas, acessórios e baterias, que são altamente danosos ao meio ambiente. Os resíduos passam por um processo inicial de separação de materiais em: plástico, vidro, metais e placas eletrônicas, descaracterização e decomposição em partes menores que são destinados às indústrias específicas para reciclagem. Em 2021, já foi processado 576,22 Kg de resíduos, ou seja, mais de 1/2 tonelada, coletados em urnas para descarte sustentável de celulares, informática, pilhas e baterias espalhadas por todo o território nacional.

Certificação Selo Verde e pagamento 100% digital às oficinas mecânicas, Para esses parceiros, a seguradora criou, no primeiro semestre de 2021, uma certificação para que elas melhorem sua eficiência ambiental e de gestão e, assim, recebam a Certificação Selo Verde, a primeira do gênero no mercado segurador brasileiro, desenvolvida em conjunto com o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA). A expectativa é que, até 2023, 90% da rede credenciada da Zurich no país (305 estabelecimentos) seja contemplada com a certificação. Desde o lançamento, seis oficinas foram contempladas com o selo e 21 estão em processo de avaliação. Além disso, o processo de pagamento a esses parceiros não envolve papel, portanto, tem zero emissão de carbono.

Recolhimento de salvados e descarte de entulhos, Desde 2017, a Zurich aprimorou o serviço de retirada dos chamados salvados de danos elétricos no seguro residencial, que são mercadorias e bens avariados, resgatados dos sinistros da seguradora, dando um direcionamento ambientalmente correto para estes materiais. Até de agosto de 2021, foram recolhidas 18 toneladas de equipamentos, como geladeiras, TVs, micro-ondas, impressoras, computadores, máquinas de lavar, entre outros. Em todo o ano anterior, foram mais de 20 toneladas.

Consultoria ambiental / A empresa disponibiliza aos seus clientes do seguro residencial uma consultoria ambiental especializada, com profissionais que os ajudam com ações de consumo consciente de água, energia elétrica, reciclagem de lixo, entre outras. Além disso, a companhia também oferece consultores para auxiliar os segurados na realização de projetos sustentáveis e inteligentes para reaproveitamento de água da chuva e uso de energia solar, entre outros objetivos. Entre janeiro e agosto de 2021, 89 clientes foram atendidos por esse serviço de consultoria.

Vistoria digital no seguro patrimonial / Todo o processo de vistoria dos seguros patrimoniais (residências e empresas) é digital, por conta de uma plataforma eletrônica desenvolvida especialmente para isso. Por meio dela, assim que comunica a ocorrência, o segurado recebe um SMS com um link. Após acessá-lo, basta que ele envie fotos e documentos pela internet, conforme as instruções automáticas. Se estiver tudo OK, a liberação pode ocorrer até no mesmo dia.

Projeto Origens® / No final de 2020, a Zurich no Brasil e a e Z Zurich Foundation (entidade do Zurich Insurance Group que se dedica a investimentos em projetos comunitários) estabeleceram um apoio ao projeto Origens Brasil®, rede de articulação multissetorial concebido pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e pelo Instituto Socioambiental (ISA), que viabiliza negócios sustentáveis na Floresta Amazônica. Durante três anos, a Zurich ajudará o Origens Brasil® a criar condições de mudar para melhor a forma como 3 mil produtores fazem negócios com mais de 30 empresas de maneira cada vez mais ética e transparente. Os produtos são provenientes da sociobiodiversidade brasileira e devem ajudar indiretamente cerca de 15 mil indígenas de populações tradicionais da Floresta Amazônica, gerando uma receita de R$ 11 milhões.

Compromissos globais e locais com a sustentabilidade do planeta

O Grupo Zurich tem um compromisso global e uma clara missão em todos os aspectos da sustentabilidade. Hoje, a corporação ocupa o topo do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, resultado do seu esforço e do papel ativo na transição para uma economia mais sustentável.

Edson Franco, CEO da companhia no Brasil, explica que a Zurich tem três pilares estratégicos globais de sustentabilidade que norteiam toda a companhia. O primeiro está relacionado ao propósito de liderar a mitigação e prevenção dos riscos voltados às mudanças climáticas. O segundo diz respeito à sustentabilidade no trabalho, com a promoção de um ambiente plural, diverso e inclusivo. E o terceiro pilar estratégico está voltado à confiança digital, com apoio à inovação, mas seguindo parâmetros de proteção e gerenciamento de dados, enumera.

A seguradora é signatária dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para nortear o mercado financeiro e de capitais na busca pelo desenvolvimento sustentável, por meio da incorporação de aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa na tomada de decisão de investimentos, assim como também ao Pacto Global, outra organização da ONU. Além disso, apoia as bandeiras da Iniciativa Brasileira de Finanças Verdes (IBFV), bem como de outros projetos semelhantes mundo afora.

União Europeia vai pressionar nações ricas a aumentarem financiamento climático

Fonte: Forbes

A União Europeia pressionará os países desenvolvidos, na reunião de cúpula COP26, a se comprometerem com um maior financiamento para ajudar as nações mais pobres a reduzirem as emissões de carbono e se adaptarem aos impactos da mudança climática, disse a Comissão Europeia.

A UE instará os países desenvolvidos a aumentarem seu financiamento climático para cumprirem a meta de US$ 100 bilhões, disse a Comissão em um comunicado, acrescentando que a UE e seus 27 países-membros já contribuem com mais de US$ 25 bilhões por ano.

Os países ricos não conseguiram até agora cumprir a promessa feita em 2009 de transferirem US$ 100 bilhões por ano para as nações mais pobres até 2020.

Dados divulgados esta semana sugeriram que a promessa não será cumprida até 2030, alimentando tensões que analistas temem que possam azedar as conversações na cúpula climática da ONU COP26, que começa no domingo.

Corretor de seguros: um especialista em pessoas

Fonte: Revista Apólice / Autor: Leonardo Freitas (Vice-presidente do Sindseg SP)

Outubro é o mês de reconhecimento ao Corretor de Seguros. Um período para celebrar, homenagear e, principalmente, reforçar a importância desse profissional para o mercado segurador. Especialmente porque vivemos em novo mundo, completamente diferente do que era antes da pandemia e, com isso, a atuação desse profissional ganhou um significado muito maior.

Os corretores sempre foram fundamentais para as relações do mercado, prova disso é que sua existência consta desde de o início da atividade seguradora no Brasil, isso há cerca de 200 anos atrás. Quando mergulhamos na história, podemos entender que ele sempre teve uma missão social: difundir a cultura do seguro. O agente de seguros, nome dado ao corretor em seus primeiros registros, em meados de 1800, quando começaram as primeiras transações comerciais no Brasil, para a captar novos clientes precisou, mais do que nunca, disseminar informação, considerando um mercado ainda incipiente e em expansão.

Olhando para o passado e relacionando com o futuro, podemos perceber que sua atuação foi e sempre será imprescindível. Na mesma velocidade em que o mercado de seguros se transforma, sua atuação vem se moldando e modernizando, mas sem perder sua verdadeira essência: Proteger! Atualmente, é nítido que o papel desse profissional se tornou ainda mais estratégico para o setor, pois eles viraram os principais mediadores de um processo muito profundo de transformação. E hoje desempenham a função de consultores, o que já era uma realidade e se intensificou com a crise.

Ele é o elo entre as seguradoras e o cliente, responsável por aproximar e defender os interesses das partes, por meio da sua expertise de mercado, de produtos e serviços e, especialmente, pelo amplo conhecimento de pessoas e suas necessidades de proteção. E é por conta deste papel que o corretor pode ser considerado um especialista em pessoas.

Nesse aspecto, quando falamos das habilidades desse especialista, é preciso ter em mente que o olhar humano é um aspecto que deve se sobressair dentro de sua atividade. E, mesmo imersos nesse mundo mais tecnológico e digital, as características para entender as necessidades do consumidor vão muito além de maturidade digital, a sensibilidade é um diferencial dentro da profissão.

Por isso, nas relações do mercado segurador, a figura humana, do Corretor, é vital para manter um atendimento mais humanizado, otimizando a experiência do cliente e, consequentemente, os resultados do setor. O que pode ajudar a ilustrar esse fenômeno é um relatório anual de tendências da experiência do cliente realizado pela empresa Zendesk. Se, por um lado, 65% dos clientes preferem transações online e práticas, por outro lado, entendem que valores são muito importantes. Por exemplo, empatia por parte dos agentes de atendimento é essencial para 49% dos entrevistados.

Para além dos dados, olhar para o mercado também nos traz alguns insights. A relevância da figura humana para gerar acolhimento e identificação com consumidores no atendimento tem sido cada vez mais percebida pelas marcas. Tanto é que, especialmente dentro do comercio eletrônico, quando não há uma figura efetiva no atendimento, as empresas criam personas para fortalecer essa relação com o cliente.

Com esse cenário posto, compartilho duas dicas práticas para orientar o corretor nesse papel de cuidado e empatia com as pessoas.

Comunique-se bem / O primeiro passo para entender o cliente e suas necessidades é uma comunicação efetiva, realizada na sua integralidade. Um aspecto importante para um bom diálogo é exercitar a escuta ativa, uma ferramenta de comunicação ideal para lidar com pessoas e seus desafios. Como vamos compreender o cliente sem ouvi-los? Por isso, faça perguntas e preste atenção nas respostas, só assim é possível encontrar oportunidades para inserir o seguro na vida do novo consumidor. Comunicar-se bem é uma habilidade importante para todas as etapas de venda e pós venda, o corretor é o mediador do mercado e, por isso, suas mensagens com o interlocutor precisam ser claras e efetivas.

Qualifique-se / Diante dessa nova realidade de transformações intensas que o mercado tem passado, a segunda dica é a capacitação constante, um passo fundamental para quem quer continuar atuando na indústria do futuro. Nos últimos meses, ficou claro o quão necessário é a habilidade de adaptação e qualificar-se constantemente é o método mais prático para entender as mudanças no comportamento do consumidor ao longo do tempo, ideal para um expert em pessoas.

Contudo, fica claro que não entregamos apenas produtos de seguros, e sim soluções de proteção para as mais diversas necessidades. E para que isso ocorra, compreender as pessoas é o ponto de partida para se ter sucesso na profissão.

MPF questiona capacidade de banco para gerenciar seguro

Fonte: CQCS

A incógnita do destino do DPVAT chegou ao Ministério Público Federal (MPF). Uma ação popular movida pela advogada Erika Cristina Batista Morais está questionando a decisão da Susep em colocar a Caixa Econômica Federal (CEF) para administrar os pagamentos do DPVAT. Agora, o MPF quer que a CEF apresente documentos apontando quantos pedidos de pagamento foram recebidos, quantas perícias foram feitas, quantos pedidos foram analisados e ainda estão pendentes.

Desde que a CEF passou a ser responsável pelo pagamento do DPVAT aumentaram as reclamações de pessoas que não conseguem receber o benefício.

Para a Susep, o MPF quer saber se foi instaurado procedimento de contratação ordinária, via licitação, para gestão dos recursos do DPVAT após a contratação da CEF.

Em sua decisão, o MPF diz: Este órgão ministerial entende que as provas e documentos até então juntados aos autos não se mostram suficientes para comprovar a expertise da CEF a ponto de ensejar a inexigibilidade de licitação e perpetuação do contrato de gestão e operacionalização das indenizações referentes ao Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não, Seguro DPVAT.

O MPF deu o prazo de quinze dias para que a Susep e a CEF apresentem documentos solicitados. O prazo começou a contar a partir do dia 18 de outubro.

Equatorial Energia faz acordo para comprar Echoenergia

Fonte: Reuters

A Equatorial Energia assinou nesta quinta-feira um acordo para comprar a Echoenergia do fundo britânico de private equity Actis por 6,657 bilhões de reais, informou a companhia em fato relevante ao mercado.

A notícia foi antecipada pelo site de finanças Brazil Journal e depois confirmada pela Reuters com fonte.

As ações ordinárias da Equatorial Energia aceleraram as perdas diante da reportagem e caíram 3,9% ao final dos negócios, a 23,44 reais.

A Equatorial destacou que a operação faz parte da sua estratégia de crescimento e permitirá a ampliação da sua capacidade operacional por meio da geração de energia renovável.

A Echoenergia possui aproximadamente 1,2 GW de capacidade eólica, sendo 1 GW já operacionais e 0,2 GW em estágio de construção avançado, além de portfólio de projetos prontos para construir, os quais totalizam 1,1 GW de capacidade (10% eólico e 90% solar).

Os ativos operacionais, em construção e em desenvolvimento estão localizados na região Nordeste do país, abundante em recursos eólicos e solares ressaltou a Equatorial.

A conclusão da operação está sujeita a determinadas condições precedentes usuais a este tipo de transação, como à aprovação do órgão antitruste Cade, anuência de credores e aprovação em assembleia de acionistas.

Mais cedo, uma fonte afirmou à Reuters que, incluindo as dívidas que a Equatorial assumirá, o valor da empresa Echoenergia seria próximo de 10 bilhões de reais.

Crise logística pode reverter queda de custos de renováveis

Fonte: Bloomberg

Construir infraestrutura para a geração de energias renováveis ficou mais barato este ano, mas gargalos nas cadeias de suprimentos globais ameaçam aumentar os custos em 2022, revertendo uma tendência de uma década, segundo a Lazard.

O custo não subsidiado da energia solar para concessionárias caiu para apenas US$ 28 por megawatt-hora para módulos fotovoltaicos de filme fino em 2021, US$ 1 mais barato em relação ao ano anterior, enquanto o preço para a energia eólica offshore encolheu em US$ 3, para US$ 83, de acordo com análise do custo anualizado de energia preparado pela consultoria de Nova York a ser divulgada na quinta-feira.

Custos de produção mais baixos têm sido um grande benefício, pois países e empresas buscam implementar energias renováveis na corrida para cumprir metas climáticas. O armazenamento em baterias em conjunto com a energia solar fotovoltaica começam a se tornar mais econômicos do que construir uma usina movida a gás natural para manter redes de energia estáveis e garantir reservas, disse George Bilicic, vice-presidente de banco de investimento e chefe de eletricidade global, energia e infraestrutura da Lazard.

O ritmo de declínio dos custos entre as categorias de renováveis diminui com o amadurecimento da indústria. De fato, depois da queda de 90% dos custos da energia solar para concessionárias desde 2009 e baixa de 72% para fontes eólicas, a redução é mais lenta. Agora, grandes gargalos nas cadeias de suprimentos globais causados pela pandemia podem interromper a tendência de queda.

Mostramos a redução contínua dos custos para energia renovável, mas achamos que, quando fizermos o próximo estudo, teremos aumento de custos devido aos desafios das cadeias de suprimentos e preços elevados no geral, disse Bilicic.

A produção de renováveis será pressionada porque os gargalos trazem maiores custos de mão de obra e matérias-primas, disse. Os problemas logísticos também podem levar a atrasos em projetos de energias renováveis, especialmente nos Estados Unidos, onde não há certeza sobre incentivos fiscais e políticas públicas.

Este ano é diferente, porque temos problemas nas cadeias de suprimentos além da incerteza das políticas públicas, disse Bilicic. A transição energética precisa ter uma base fundacional para o investimento, que nos Estados Unidos é impactado pelo ambiente de políticas públicas.

Além disso, incorporadoras de armazenamento também competem cada vez mais com o crescente mercado de veículos elétricos por baterias de íons de lítio, disse a Lazard.

Petrobras lucra R$ 31,1 bilhões e decide dobrar remuneração aos acionistas

Fonte: Folha SP

Com petróleo e combustíveis em alta, a Petrobras registrou lucro de R$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre de 2021 e decidiu dobrar o valor dos dividendos distribuídos aos seus acionistas, que chegarão a R$ 63,4 bilhões no ano.

O anúncio ocorreu pouco depois de novas queixas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à empresa pelos altos lucros em um momento de escalada dos preços dos combustíveis. Para Bolsonaro, a Petrobras deveria ter um viés social e lucrar menos.

Com o resultado do trimestre, o lucro acumulado pela companhia em 2021 já soma R$ 75,1 bilhões. Após anunciar a distribuição de R$ 31,6 bilhões ao fim do primeiro semestre, a direção da empresa propôs nesta quinta-feira (28), pagar mais R$ 31,8 bilhões.

A distribuição considera as perspectivas de resultado e geração de caixa da Petrobras para o ano de 2021, sendo compatível com a sustentabilidade financeira da companhia, sem comprometer a trajetória de redução de seu endividamento e sua liquidez, disse a companhia.

Segundo a empresa, o lucro do terceiro trimestre teve forte influência de fatores não recorrentes, como revisões de valores contábeis de ativos pela valorização do petróleo e recuperação de investimentos feitos no campo de Búzios, no pré-sal.

O lucro recorrente, desconsiderando os fatores extraordinários, seria de R$ 17,4 bilhões.

Atingimos nossa meta de endividamento muito antes do planejado e estamos dividindo parte das riquezas geradas com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos, disse o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna.

Com a reabertura gradual da economia, a Petrobras teve no trimestre as melhores vendas de óleo diesel desde 2015, com 867 mil barris por dia. As vendas de gasolina, de 441 mil barris por dia, foram as melhores para um trimestre desde 2017.

O preço médio da cesta de combustíveis da companhia subiu 5,2% em relação ao trimestre anterior, para R$ 421,97 por barril.

No ano, o preço da gasolina nas refinarias já acumula alta de 74%. Já o diesel subiu 65%. A escalada vem ajudando a pressionar a inflação, que atingiu na prévia de outubro o maior patamar desde 1995, com alta de 1,20%.

A insatisfação com o elevado preço do diesel já motivou protestos de transportadoras no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e de caminhoneiros no Pará. Entidades ligadas a caminhoneiros autônomos prometem para esta segunda (1º) uma paralisação nacional.

Sofrendo impactos do aumento de preços em sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem feito reiteradas queixas à companhia, que diz ter vontade de privatizar. Nesta quarta (27), por exemplo, Bolsonaro afirmou que a Petrobras só dá dor de cabeça e só presta serviços a seus acionistas.

Os melhores preços e melhores vendas levaram a receita da Petrobras para R$ 121,6 bilhões no terceiro trimestre, 72% acima do relatado no mesmo período do ano anterior. O Ebitda, indicador que mede a capacidade de geração de caixa, foi 81,7% maior, chegando a R$ 60,7 bilhões.

A dívida bruta da companhia caiu 6,4% do segundo para o terceiro trimestre, para US$ 59,6 bilhões, já abaixo da meta estipulada pela companhia para o fim de 2022.

No terceiro trimestre, a Petrobras produziu 2,83 milhões de barris de petróleo e gás, alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior.

NAV Brasil, primeira estatal criada por Bolsonaro, terá até 1.698 servidores

Fonte: Poder360

A NAV Brasil, estatal criada em 2020 para suceder a Infraero, terá até 1.698 servidores e R$ 25 milhões para iniciar operações.

A portaria que permite a contratação de pessoal foi divulgada nesta 5ª feira (28.out.2021) em portaria do Ministério da Economia.

A empresa foi a 1ª estatal criada no governo Jair Bolsonaro.

É resultado de uma cisão da Infraero, responsável pela administração de aeroportos públicos, em processo de privatização.

A NAV Brasil está vinculada ao Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica. Será responsável pelo controle do espaço aéreo do país.

Endividamento dos brasileiros cresce mais que no resto da América Latina

Fonte: Estadão

Apesar do crescimento da poupança durante a pandemia de covid-19, a dívida das famílias brasileiras aumentou 11,2% em 2020, mais rápido do que o visto em outros países da América Latina, à exceção da Argentina, dominada pela inflação, destaca o Grupo Allianz, na 12.ª edição do Relatório de Riqueza Global, obtida com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

Como resultado, as famílias aqui arcam com mais dívidas do que o conjunto de Chile, Colômbia, México, Peru e Argentina, a razão dos passivos domésticos brasileiros em relação a dos outros países passou de 117% em 2019 para 126%. Isso quer dizer que o endividamento das famílias no Brasil é mais da metade (55,8%) do total da região.

Segundo o grupo Allianz, as dívidas das famílias latino-americanas avançaram 67 bilhões de euros em 2020, alcançando 960 bilhões de euros, um aumento de 7,5% ante 2019. Depois do Brasil, o México é outro peso pesado quando se trata de dívidas das famílias na região, com 165 bilhões de euros. Juntos, os dois países representam 73% do passivo na América Latina.

No Brasil, a dívida das famílias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 46% no fim de 2020, maior do que em 2019 (41%). Além disso, a média de crescimento na última década, de 10%, é muito maior do que a nível global (4%).

Mas Arne Holzhausen, chefe de Seguros, Tendências e Pesquisa ESG do Allianz SE, pondera que a razão não é alarmante. Está abaixo da média dos mercados emergentes (49%) e dos níveis da China (61%), Malásia (93%) e Tailândia (89%).

O aumento da dívida concomitante ao crescimento da poupança em 2020 não é uma exclusividade do Brasil, mas um fenômeno mundial durante a pandemia, segundo Holzhausen. Enquanto os depósitos bancários disparavam, os passivos continuaram a crescer mais ou menos no ritmo de 2019 (11,9% no Brasil). Como muitas famílias não foram financeiramente impactadas pela pandemia, elas continuaram a fazer empréstimos, seja para casas ou bens de consumo duráveis como carros, diz, citando o boom global no setor habitacional.

O relatório ainda destaca que os empréstimos ficaram mais atrativos no mundo diante das taxas de juros nas mínimas históricas. No mundo, as dívidas das famílias cresceram 5,4% em 2020, para 46,3 trilhões de euros, ritmo parecido com o de 2019 (5,5%). No relatório, o grupo Allianz destaca que o crescimento da dívida em emergentes foi maior do que nos países desenvolvidos, padrão que já se repete há alguns anos.

Avanço na riqueza global

Depois de alcançar a marca inédita de 200 trilhões de euros em 2020, a riqueza global, medida pelo agregado de ativos financeiros, deve ter novo salto este ano, conforme as previsões da Allianz Research, à exceção de uma queda brusca das Bolsas nos últimos meses do ano.

Graças ao avanço da vacinação, à recuperação da economia global e aos estímulos fiscais e monetários ainda em vigor no mundo, o grupo prevê avanço de 7% do montante de depósitos bancários, apólices de seguros e fundos de pensão, títulos de renda fixa, ações e fundos de investimento detido pelas famílias de 57 países (mais de 90% do PIB global).

Segundo relatório do grupo, em 2020, somas inimagináveis em incentivos permitiram que o agregado da riqueza das famílias resistisse à maior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial e crescesse 9,7%, 11,6 ponto porcentual acima do PIB global. Assim, pela primeira vez, os ativos financeiros globais alcançaram 300% do PIB mundial.

Junto com as quantias enormes de transferências sociais, a economia forçada foi o principal vetor do crescimento dos ativos financeiros em 2020, já que os cuidados necessários para evitar a disseminação do vírus impediram que as famílias gastassem seus orçamentos conforme estavam habituadas.

As novas poupanças avançaram 78%, para 5,2 trilhões de euros em 2020, um recorde absoluto, sendo que ao menos metade em todos os mercados considerados teve como destino os depósitos bancários.

Esses depósitos, que não requerem uma decisão ativa de investimento, apenas são mantidos na conta, cresceram no ano passado a uma taxa de dois dígitos (11,9%) pela primeira vez na história. Os Estados Unidos foram o principal destaque, com aumento de 374% desse fluxo. Assim, o país passou a responder por 51% de todos os novos depósitos no mundo, de 31% em 2019. No Brasil, os ativos financeiros brutos detidos pelas famílias aumentaram 13,2% em 2020, com avanço de 28,4% dos depósitos bancários, o mais forte desde 2010.

Os números principais são muito impressionantes. Mas devemos cavar um pouco mais fundo. A maioria das famílias não poupou realmente, simplesmente depositou seu dinheiro, diz Ludovic Subran, economista-chefe do grupo Allianz. Meu medo é que, se as famílias começarem a desperdiçar, o dinheiro acabará no consumo de vingança e apenas alimentará a inflação. Precisamos urgentemente de uma nova cultura de economia.

Arne Holzhausen ressalta que a recuperação da covid-19 está entrando em águas turbulentas, já que os gargalos na cadeia de abastecimento e as crises de energia não serão resolvidos rapidamente. Portanto, é muito provável que muitas famílias mantenham suas economias, em particular se os preços mais altos dos bens e da energia reduzirem seu poder de compra.

Desigualdade

Embora o grupo Allianz ressalte que o hiato de prosperidade no mundo tenha se reduzido em 2020, com o crescimento maior dos ativos financeiros líquidos (ativos financeiros menos os passivos) em países emergentes (13,1%) ante o avanço nos desenvolvidos (10,4%), é evidente que os EUA se destacam quando o assunto é riqueza.

No país, os ativos financeiros per capita cresceram 26,280 mil euros em 2020, quase o patrimônio da Grécia quando dividido pelo tamanho da população. Poupadores de nenhum outro país foram capazes de conseguir tamanho aumento da riqueza, destaca o relatório. O total per capita dos EUA chegou a 260,580 mil euros, o que, porém, o deixa aquém dos mais ricos do mundo: os suíços, com um patrimônio per capita quase 100 mil euros superior ao dos americanos.

Ainda assim, a média per capita dos ativos financeiros nos EUA é 7,2 vezes maior que a média global (35,970 mil euros). Esse desempenho contrasta com o da Europa Ocidental, cujos ativos financeiros per capita são de 99,270 mil euros per capita, 2,8 vezes a média global no ano passado (contra 3,5 vezes em 2000).

Enquanto as famílias da América do Norte detém quase metade de todos os ativos financeiros privados (45,8%), a Europa Ocidental tem 21%, a Ásia, sem o Japão, fica com 19,3% e a América Latina, com 1,8%.

Cicatrizes de longo prazo

O grupo Allianz também avalia que a distância entre os países desenvolvidos e emergentes deve voltar a se alargar assim que acabar a ajuda do Estado no contexto da pandemia de covid-19. O mesmo deve valer para a desigualdade dentro dos países, especialmente considerando que as perdas educacionais devem dificultar a mobilidade social.

A pandemia é um desafio muito maior para os países em desenvolvimento. Muito provavelmente, a covid-19 continuará a travar o desenvolvimento econômico nesses grupos de países por muito mais tempo do que nos mercados avançados, comenta Patricia Pelayo Romero, coautora do relatório.

Mas ela destaca que o verdadeiro desafio vem depois, uma vez que esses países se encontrarão em um mundo pós-pandêmico, que tornará cada vez mais difícil para eles exercerem suas vantagens comparativas de maneira comprovada, dadas as mudanças duradouras nas tecnologias, nas políticas e nos estilos de vida. O fechamento gradual do hiato de prosperidade global, o desenvolvimento definidor das últimas décadas, não pode mais ser tomado como algo certo.

ABGR também apoia a Medicina Preventiva


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