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Fusões & Aquisições

05, Nov. 2021

Corretora Alper adquire JDM Seguros

Corretora acaba de anunciar a compra da JDM Seguros, uma das maiores corretoras especializadas em seguros para lavoura

Fonte: Alper / SonhoSeguro

A Alper Consultoria em Seguros acaba de anunciar a aquisição da JDM Seguros, uma corretora de seguros especializada em seguros para lavouras, localizada em Cruz Alta no Rio Grande do Sul. Com a aquisição, a Alper amplia a presença na região Sul, onde quer se tornar referência em seguro agrícola. A JDM movimenta cerca de R$ 105 milhões em prêmios.

“Nossa presença no agro vem se consolidando de forma robusta, desde a aquisição da Next Marka em dezembro de 2020, passando pela parceria exclusiva fechada com a Agrogalaxy em agosto deste ano, e agora a aquisição da JDM, que nos traz a expertise em seguros para lavouras, além da expansão para uma importante região como a de Cruz Alta.”, ressalta Marcos Couto, CEO da Alper.

De acordo com Couto, a operação expande e fortalece a presença da Alper no Rio Grande do Sul, com uma nova filial na cidade de Cruz Alta, além de uma nova filial no Mato Grosso do Sul. O Rio Grande do Sul é o terceiro estado do Brasil que mais produz grãos, sendo a região noroeste do Estado, onde se localiza Cruz Alta, responsável por 70% da produção de soja. E Maracaju é a cidade que mais produz soja no MS.

As atuais sócias da JDM Carolina, Adriana e Fernanda de Oliveira, permanecem na operação como diretora de Agro filial Cruz Alta, gerente administrativa e gerente de contas da filial, respectivamente.

Para Carolina, a associação à Alper traz inovação e tecnologia embarcada ao relacionamento e dedicação ao cliente, marca registrada da JDM. “A união com a Alper vem da necessidade de nos desenvolvermos e oferecermos aos nossos clientes novas soluções, mais opções e melhores condições comerciais em seguros, mantendo nosso modelo de atendimento próximo e especializado”, explica.

Essa é a quarta aquisição da Alper este ano: Ferfi Corretora de Benefícios, a carteira de Benefícios da Ô Insurance – Ô Benefits e a C6 Re, divisão de Resseguros do C6 Bank.

Com essa aquisição, a Alper torna-se uma das maiores corretoras de seguros agrícolas do país, e mantém o ritmo investindo na consolidação e no desenvolvimento de tecnologias e serviços diferenciados para o setor.

A Alper Consultoria em Seguros é uma das maiores e mais diversificadas companhias de consultoria e corretagem de seguros, com uma ampla carteira de produtos e serviços cobrindo diversos setores econômicos e todos os portes de empresas. A companhia tem alta expertise em seguros de: saúde, transportes, riscos corporativos, agronegócios, automóvel, linhas financeiras, massificados e seguros pessoais.

A Alper tem uma carteira com mais de R$ 1,6 bilhão em prêmios administrados, mais de 1,3 mil vidas e cerca de 15 mil empresas clientes. A Alper foi a primeira corretora a lançar uma plataforma healthtech com telemedicina, com o Dr. Alper e a única que conta com um programa próprio de aceleração de startups, o Alper Digital.

Incêndio em depósito de gás ressalta importância e funcionalidade do seguro

Fonte: CQCS

Um depósito de gás pegou fogo na manhã da última quarta-feira (3) na Vila Leopoldina, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com os moradores do local, era possível sentir o calor das chamas e ver botijões voando em meio do fogo. Para entender qual seguro poderia ser utilizado nessa situações, o CQCS conversou com o consultor e professor Sergio Ricardo.

De acordo com Sergio, além dos seguros empresariais normais para cobrir os danos próprios, resta saber se o depósito tem contratada uma apólice de RC Operações, porque há inúmeros prejuizos a terceiros que a empresa terá que fazer frente. “Nesse tipo de negócio, a possibilidade de explosão de gás está sempre presente e os vários acidentes que já ocorreram no Brasil”, pontuou.

Além dos danos materiais, há possibilidade de danos corporais, ou até mesmo de morte de vizinhos, prestadores de serviço que estivessem no local e funcionários que, diariamente estão próximos aos botijões. “Neste caso, seria até interessante ter contratada uma apólice ou pelo menos a cobertura de RC Empregador”.

Seguro de pessoas avança no Brasil

Prêmios continuam em alta, com tendência de crescimento. Sinistro foi 71% maior do que o mesmo período do ano anterior

Fonte: Sindseg

Relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi indica a captação de R$ 4,58 bilhões em agosto de 2021, um aumento de 18,3% nos prêmios em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos oito primeiros meses foram arrecadados R$ 33,34 bilhões, cuja variação é de 15,2% sobre 2020. 

“Mesmo diante dos desafios enfrentados em função da crise sanitária, que exigiu adaptações em todo o processo de venda, entregas e atendimento aos consumidores, o mercado segurador continuou avançando. Outro ponto relevante diz respeito a maior percepção da sociedade em relação à necessidade de se proteger das adversidades, como indicam os números do levantamento”, avalia Carlos de Paula, diretor-executivo da Fenaprevi.

Em termos percentuais, em agosto, o Seguro Viagem apresentou a maior variação, alcançando 94% de crescimento ou R$ 24,3 milhões prêmios, tendo como base o mesmo mês do ano anterior. Na sequência, vêm os seguros Funeral, com R$ 111 milhões captados e o de Doenças Graves/Terminais com R$ 129 milhões arrecadados, valores 44% e 26% superiores à 2020, respectivamente.

Os ramos Vida em Grupo (R$ 1,2 bilhão) e Prestamista (R$ 1,38 bi) continuam com a maior representatividade no total dos prêmios. Depois deles estão Vida Individual (R$ 904 milhões) e Acidentes Pessoais (R$ 617 milhões) que apesar de menores em volume financeiro, que cresceram 19,4% e 24,4% sobre agosto de 2020.

“Com o avanço da vacinação e a consequente imunização da população, percebemos que segmentos como o Seguro Viagem voltam a ganhar força, em especial por causa da retomada do turismo no País e da reabertura gradual das fronteiras no exterior”, pontua De Paula.

O diretor também analisa que em outra via, os seguros em que as coberturas estão focadas em prevenção e cuidados com a saúde, até mesmo Funeral, tem ganhado força entre os brasileiros dados os cenários de incertezas e dificuldades causados pela crise sanitária.

Resultados positivos, também no acumulado 

Na leitura dos oito meses de 2021, tiveram incremento de cerca de 30% na arrecadação os seguros de Vida Individual (R$ 6,2 bilhões), Doenças Graves/Terminais (R$ 915 milhões) e de Funeral (R$ 691 milhões).

Já em valores, lideram os segmentos Prestamista, com R$ 10,5 bilhões captados e o de Vida em Grupo, que atingiu R$ 8,7 bilhões. O Seguro de Acidentes Pessoais também teve alta, acumulando R$ 4,5 bi até agosto último.

Embora tenha se destacado no montante mensal, na contagem dos oitos meses do ano o Seguro Viagem contabilizou R$ 157 milhões em prêmios, resultado 16% menor do que o mesmo período de 2020, mas esperado em função da conjuntura da pandemia. O Educacional somou apenas R$ 30 bilhões em prêmios até agosto de 2021.

Volume de sinistros continua alto

O montante de indenizações continuou em patamar elevado, segundo o relatório de agosto da Fenaprevi. No acumulado, fechou em R$ 12,8 bilhões, 71% maior que 2020. Comparado ao ano anterior Vida Individual teve 121% de aumento, sendo pagos R$ 996 milhões pelas seguradoras. Seguiram essa tendência percentual de crescimento os seguros Prestamista (87%), Funeral (83,6%) e o de Vida em Grupo (81,5%). Somente Viagem teve queda considerável, de 52,4%.

“O mercado segurador tem dado uma forte demonstração sobre a sua importância para a sociedade. As indenizações realizadas pelas seguradoras ampararam milhares de famílias,  nesse período difícil para as pessoas e desafiador para o Brasil”, encerra De Paula.

Todas as cidades do Brasil terão 5G #SQN

Winity II Telecom leva a faixa de 700 MHz; direito de exploração das faixas será de até 20 anos.

Fonte: Monitor Mercantil

As operadoras Claro, Vivo e TIM arremataram três lotes na faixa de 3,5 GHz, o principal do leilão da tecnologia móvel 5G, realizado hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Winity II Telecom levou a frequência de 700 MHz, e como é uma empresa ainda não detentora de faixa de radiofrequência, o Brasil terá uma nova operadora móvel com abrangência nacional.

O leilão começou nesta quinta-feira e deve terminar só amanhã. Ainda serão analisadas as propostas para as faixas de 2,3 GHz e de 26 GHz.

As frequências têm finalidades específicas e em cada faixa as empresas dão os lances em lotes diferentes. Os lances vencedores na faixa de 3,5 GHz foram: R$ 338 milhões (ágio de 5,18%, valor acima do mínimo previsto no edital) da operadora Claro para o lote B1; R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) da Vivo para o lote B2; e R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) da TIM para o lote B3.

O edital previa ainda um quarto lote na faixa de 3,5 GHz, com abrangência nacional, mas não houve lance. O direito de exploração das faixas será de até 20 anos.

As empresas vencedoras têm compromissos de investimento definidos pelo Ministério das Comunicações e aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Anatel. O objetivo das contrapartidas é sanar as deficiências de infraestrutura, modernizar as tecnologias de redes e massificar o acesso a serviços de telecomunicações do país.

Entre os compromissos estão migrar o sinal da TV parabólica para liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G, arcando com os custos; construir uma rede privativa de comunicação para a administração federal; instalar rede de fibra óptica, via fluvial, na Região Amazônica; levar fibra óptica para o interior do país; e disponibilizar o 5G em todos as capitais até julho de 2022.

A Winity II Telecom ofereceu o maior lance, R$ 1,427 bilhão na primeira faixa a ser leiloada, de 700 MHz, de abrangência nacional. O valor pago é 805% superior ao mínimo exigido. A operadora tem direito à exploração do serviço por 20 anos, que pode ser prorrogado, e prevê o cumprimento da obrigação de construir infraestrutura de cobertura 4G em 625 localidades do país que não têm acesso à internet e em 31 mil quilômetros de rodovias federais.

O leilão tem valor de arrecadação total previsto de cerca de R$ 50 bilhões, caso todos os lotes sejam arrematados. Desse total, R$ 10 bilhões serão em outorgas para o governo e os outros R$ 40 bilhões serão utilizados pelas empresas nas obrigações estabelecidas.

“Podemos dizer sem medo de errar que a chegada do 5G vai levar o país para outro patamar de inclusão digital”, destacou o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, em entrevista para a Agência Brasil. “Vamos cobrir todas as rodovias federais com pelo menos conectividade 4G, além de banda larga móvel para quase 10 mil localidades rurais, com a expansão do serviço para escolas e centros de saúde. Nossa meta para o ano que vem, e já temos condições, é de levar internet para 100% das escolas públicas do país” acrescentou o secretário.

Sobre o mercado e os preços que deverão ser praticados com a chegada da nova tecnologia, Coimbra afirmou que há uma tendência ao avanço tecnológico com a manutenção de preços, e que a adoção do padrão 5G não será elitizada. “Na prática, haverá uma melhora na dinâmica do custo-benefício. Em telecomunicações, há um fenômeno conhecido de avanço tecnológico sem necessariamente reajuste de preços”, explicou.

Artur Coimbra informou que existe também, dentro do governo, uma preocupação sobre a escassez de semicondutores que assola o mundo. Segundo o secretário, o Ministério das Comunicações já elaborou algumas alternativas para reforçar e atrair a produção de eletroeletrônicos, como tablets e celulares compatíveis com o novo padrão 5G, para solo nacional. Segundo o Ministério das Comunicações, a chegada do 5G eliminará um dos grandes empecilhos na universalização do acesso digital: a infraestrutura. A pasta informou que o leilão do 5G – de caráter não arrecadatório para o governo – terá grande parte do dinheiro da concessão revertida para ações de avanço no setor.

De acordo com Artur Coimbra, as metas futuras do Ministério das Comunicações após o leilão do 5G serão de caráter social, com o objetivo de traçar os perfis de brasileiros que ainda não estão incluídos na revolução digital, mesmo após chegar à meta de 100% do território conectado.

“Estamos muito perto de eliminar a necessidade de infraestrutura para levar inclusão digital. Agora, vamos focar no uso do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações [Fust], que vai permitir cobertura para todo o agro, para resolver as questões que ainda limitam o acesso à internet pelas pessoas.”

Os termos do leilão do 5G preveem a obrigação de cobertura das 26 capitais e do Distrito Federal até julho de 2022. O serviço deverá cobrir todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes até 2028, enquanto o serviço de 4G deverá cobrir todo o território nacional.

No leilão de hoje, foram recebidas 15 propostas de empresas e consórcios interessados em explorar a tecnologia no país. Nesta quinta será iniciada a análise das propostas, lote por lote. O alto número de candidatos pode fazer com que a sessão termine apenas na sexta-feira. Existem dois perfis de empresas interessadas nas faixas do espectro de radiodifusão: prestadores de serviço de grande porte, que devem concorrer pelas frequências mais elevadas; companhias e provedores regionais de internet, que vão disputar as frequências menores, que permitem cobrir grandes áreas.

Segundo o G1, na realidade somente 19 cidades do Brasil adequaram suas legislações às necessidades da nova tecnologia 5G: Brasília (DF), Londrina (PR), Campos de Goytacazes (RJ), Volta Redonda (RJ), Petrópolis (RJ), Itaperuna (RJ), Duas Barras (RJ), Rio das Flores (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Nova Friburgo (RJ), Porto Alegre (RS), São Caetano do Sul (SP), Santo André (SP), Ribeirão Preto (SP), Suzano (SP), Jaguariúna (SP), Santa Rita do Sapucaí (SP), São João da Barra (RJ) e Cardoso Moreira (RJ).

Além destas, Petrópolis (RJ), Serra Negra (SP), Florianópolis (SC), Cachoeiras (SP), Socorro (SP), Holambra (SP), Teresópolis (RJ) e Cachoeira de Macabu (RJ) estão com novas legislações prontas, aguardando sanção.

Produção industrial cai 0,4% em setembro ante agosto e fecha terceiro trimestre com queda de 1,1%

A expectativa de analistas ouvidos pela Refinitiv era de queda de 0,3% na comparação mensal, e de baixa de 4% na comparação anual.

Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO – A produção industrial teve queda de 0,4% em setembro frente agosto, sendo a  quarta queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 2,6% no período. Na base anual, a queda foi de 3,9%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa de analistas ouvidos pela Refinitiv era de queda de 0,3% na comparação mensal, e de baixa de 4% na comparação anual.

Com isso, a indústria se encontra 3,2% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no cenário pré-pandemia, e 19,4% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.

Após registrar crescimentos desde o quarto trimestre de 2020, no terceiro trimestre de 2021 a produção industrial teve queda de 1,1%.

André Macedo, gerente da pesquisa, destaca que, diferentemente do que ocorreu nos meses anteriores, em setembro não houve predominância de taxas negativas entre as atividades investigadas pela PIM. “Houve queda na produção em sete dos nove meses deste ano. O que há de diferente em setembro é que a retração foi mais concentrada em poucas atividades. Mas isso não significa necessariamente que haja mudanças no comportamento predominantemente negativo do setor industrial, uma vez que ele é ainda bastante caracterizado pela perda de dinamismo”, explica.

Dez das 26 atividades tiveram resultados negativos. Entre elas, os maiores impactos no índice geral de setembro vieram do segmento de produtos alimentícios, que recuou 1,3%, e de metalurgia (-2,5%). “Podemos observar sinais negativos em segmentos importantes no setor de alimentos, como a parte relacionada ao açúcar, por causa das condições climáticas adversas que prejudicaram a cana-de-açúcar.

Outro setor com comportamento negativo foi o das carnes bovinas, explicado pela suspensão das exportações desse produto para a China no início de setembro, por conta do ‘mal da vaca louca’. Isso impactou negativamente o setor de alimentos”, diz André. Com isso, esse segmento encontra-se 7,4% abaixo do patamar pré-pandemia.

Para Macedo, o cenário é diferente do que ocorre com o setor de metalurgia, que avançou 0,4% em agosto e voltou para o campo negativo em setembro. “Mesmo com a queda do mês de setembro, que suplantou o crescimento de agosto, o segmento está 8,6% acima do patamar pré-pandemia. Tanto a metalurgia quanto o segmento de produtos alimentícios têm peso importante dentro do contexto da produção industrial e explicam essa concentração de poucas atividades com comportamento negativo”, afirma.

Também tiveram queda na passagem de agosto para setembro os segmentos de couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%), outros equipamentos de transporte (-7,6%), bebidas (-1,7%), indústrias extrativas (-0,3%), móveis (-3,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,7%).

Entre os que registraram alta, destacaram-se produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%), outros produtos químicos (2,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%) e máquinas e equipamentos (1,9%). Outras altas vieram de celulose, papel e produtos de papel (1,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%) e produtos do fumo (6,6%).

A categoria bens de capital teve a taxa negativa mais acentuada (-1,6%) e intensificou a queda de 1,2% registrada em agosto. Bens de consumo duráveis (-0,2%) e bens intermediários (-0,1%) também recuaram no período, enquanto o segmento de bens de capital (15,0%) foi a única grande categoria econômica a avançar.

Na comparação com setembro do ano passado, a produção industrial caiu 3,9%. Os resultados negativos atingiram três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 26 ramos pesquisados. As principais influências negativas entre as atividades vieram de produtos alimentícios (-11,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,6%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-18,7%).

“Esse resultado é bem mais acentuado do que o resultado de queda de 0,7% de agosto. Há um efeito da base de comparação. À medida que o ano vai avançando, a base de comparação de 2020 aumenta. Mas há também uma relação direta com o menor dinamismo que o setor industrial vem mostrando”, destaca Macedo.

Entre as oito atividades que tiveram alta, destacaram-se máquinas e equipamentos (14,5%), metalurgia (10,0%) e indústrias extrativas (3,2%). O segmento de impressão e reprodução de gravações (61,5%) também exerceu impacto positivo na base anual.

Queda trimestral

Ao recuar 1,1% no trimestre encerrado em setembro, o setor industrial interrompeu o comportamento positivo que vinha sendo registrado desde o último trimestre do ano passado (3,4%). De acordo com André, essa mudança é explicada pela diminuição no ritmo das quatro grandes categorias econômicas.

“Havia uma sequência, em termos trimestrais, de resultados positivos. Inclusive, no segundo trimestre deste ano houve uma expansão que se destaca (22,7%), em função de uma base de comparação bastante depreciada. E esse movimento de volta ao campo negativo é justificado pelos resultados em todas as categorias econômicas, em especial, do segmento de bens de consumo duráveis, que sai de um crescimento de três dígitos e vem para uma queda de 16,9%”, explica o pesquisador, que destaca, dentro do setor, as retrações nos grupamentos de automóveis e de eletrodomésticos.

Chefe de grupo da OCDE diz que aumento da corrupção no Brasil contribui para piora na economia

Fonte: Folha SP

BRASÍLIA, DF, 19.10.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia de assinatura de atos, no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)© Fornecido por Folha de S.Paulo ***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 19.10.2021 - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante cerimônia de assinatura de atos, no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

O aumento de corrupção no Brasil contribui para a piora na economia do país, disse nesta quinta-feira (4) o esloveno Drago Kos, chefe do grupo antissuborno da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o chamado clube das nações ricas.

Em evento promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso e pela Transparência Internacional, o xerife anti-corrupção da OCDE também se mostrou cético em relação à entrada do Brasil na entidade no curto prazo, comparando o país a um "mau aluno".

"Os critérios dos estados membros [para aceitar novos membros na OCDE] se tornaram mais rígidos recentemente, nós realmente não queremos ter maus alunos na classe. Já temos um número suficiente de maus alunos, não precisamos de mais um", disse Kos, indagado sobre a possibilidade de o Brasil iniciar seu processo de entrada na OCDE no ano que vem.

A acessão à OCDE é uma das prioridades do governo Bolsonaro, porque funcionaria como uma espécie de selo de qualidade para investidores, já que os países que ingressam na entidade precisam cumprir uma série de exigências e padrões de qualidade em políticas públicas.

O Brasil iniciou o processo de adesão em 2017, e obteve apoio do ex-presidente americano Donald Trump. Mas a União Europeia insiste para que candidatos do leste europeu, como Romênia, Bulgária e Croácia, tenham prioridade e sejam admitidos antes que Brasil, Argentina e Peru.

Além disso, a política ambiental do governo Bolsonaro e a percepção da OCDE sobre o enfraquecimento do combate à corrupção no país tornaram-se obstáculos para a acessão, que também enfrenta grande resistência dos legisladores democratas nos EUA.

No início do ano, a OCDE, pela primeira vez, criou um grupo de trabalho especialmente dedicado ao monitoramento da corrupção no Brasil. A entidade citou preocupação com o fim "surpreendente" da Lava Jato, o uso da lei contra abuso de autoridade e as dificuldades no compartilhamento de informações de órgãos financeiros para investigações, segundo revelou a BBC Brasil.

As apreensões só aumentaram, diz Drago Kos. "Estou preocupado com o Brasil", disse o esloveno.

"O Brasil era um caso típico de um país altamente corrupto, que explodiu, no sentido positivo, provando, com a Lava Jato, que estaria disposto a lidar até com os casos mais difíceis de corrupção."

Segundo ele, esse "entusiasmo na luta contra corrupção" parece estar desaparecendo, levando-se em conta acontecimentos recentes. Ele citou especificamente a proposta de mudanças no Conselho Nacional do Ministério Público, que poderia enfraquecer o poder do órgão.

"A quantidade de problemas no Brasil está aumentando: os últimos foram as mudanças propostas para o conselho superior do Ministério Público, além de acusações de corrupção envolvendo políticos importantes no país."

"Se você me perguntasse há três ou quatro anos sobre o combate à corrupção no Brasil, eu teria uma resposta muito simples: o Brasil é um dos melhores, provou que pode ir do zero na luta contra corrupção para 100% e isso podia ser dito sobre todas as instituições do país. Agora, há apenas alguns indivíduos e uma ou duas instituições engajadas no combate à corrupção."

O chefe do grupo da OCDE advertiu que o aumento da corrupção tem efeitos devastadores na economia, e isso também vai acontecer no Brasil. "Talvez não seja tão visível, porque vocês também estão lidando com consequências da pandemia, mas o aumento da corrupção no Brasil tem um papel na piora da situação econômica brasileira".

O Brasil enfrenta inflação acumulada superior a 10% e as projeções de crescimento para 2022 já estão abaixo de 1%.

Indagado sobre a possibilidade de o Brasil iniciar o acesso à OCDE no ano que vem, ele disse ser impossível, por causa dos procedimentos necessários para o processo. "Teremos que esperar mais alguns anos para a entrada do Brasil", disse.

"Eu já vi países com menos problemas, e problemas menos importantes, que foram barrados. Mas já vi países com problemas maiores que o Brasil que receberem sinal verde. Depende dos estados-membros", disse Kos.

"Mas os critérios dos estados membros se tornaram mais rígidos recentemente, nós realmente não queremos ter maus alunos na classe. Já temos um número suficiente de maus alunos, não precisamos de mais um."

Indagado pelo moderador, o diretor-geral da Fundação FHC, Sérgio Fausto, se os abusos da Lava Jato, como o uso indiscriminado de delação premiada, foram uma das causas do retrocesso no combate à corrupção, Kos afirmou: "Isso sempre acontece, quando há uma instituição muito eficiente no combate à corrupção, o império, ou seja, os corruptos, contra-atacam. Na Romênia aconteceu algo muito semelhante", disse.

Ele disse esperar que policiais, juízes e promotores que combatem a corrupção respeitem a lei 100% do tempo. Mas afirmou que, por enquanto, ouviu apenas rumores, e vai esperar que as investigações sejam concluídas.

"Vi comunicações entre juízes e promotores, que podem ser entendidas como não muito éticas, mas, mesmo assim, não acho que isso seja um argumento forte o suficiente para dizer que todo o processo [da Lava Jato] era corrupto e juízes e promotores estavam violando a lei e abusando de seu poder. Acho que precisamos esperar por elementos mais concretos."

Chile, México e Colômbia são os únicos países da América Latina que conseguiram entrar na OCDE.

Com temor fiscal, Bolsa cai mais de 2% e encerra no menor nível desde novembro de 2020

Fonte: Estadão

A Bolsa foi o ativo que mais sofreu no pregão desta quinta-feira, 4, pois além do risco fiscal, também teve impacto da queda das ações da Petrobras, depois que a Opep sinalizou aumento gradual de produção e afetou negativamente os preços do petróleo. Bastante descolado dos pares, tanto de Nova York quanto da Europa, o Ibovespa cedeu 2,09%, aos 103.412,09 pontos, no menor nível de encerramento desde 12 de novembro de 2020.

A Bolsa de Valores de São Paulo, B3 © Daniel Teixeira/Estadão A Bolsa de Valores de São Paulo, B3

O temor do mercado acontece depois da margem estreita que garantiu a aprovação da PEC dos precatórios, em primeiro turno na Câmara, uma série de sinais reforçaram a percepção de que o governo terá dificuldades para passar o texto no segundo turno, também na Câmara, mas principalmente no Senado. Neste último caso, por exemplo, o PSDB na Casa já informou posição contrária à proposta. Diante disso, o cenário de incerteza em relação às contas públicas em 2022 continuou latente, o que motivou uma onda de aversão ao risco que foi ganhando força ao longo do dia, na medida em que os indícios de resistência à PEC iam surgindo.

Após duas sessões de recuperação parcial nesta semana, o Ibovespa retoma a trajetória negativa vista no intervalo de quatro sessões entre 26 e 29 de outubro, quando colheu duas perdas diárias acima de 2%. "A tendência é o mercado continuar piorando. Mesmo com a votação, o texto é ruim: em dez anos, o rombo de precatórios pode chegar a R$ 1 trilhão. Vai jogando a dívida pra frente e ficando impagável", diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. "Já se fala muito de o Brasil ter nota rebaixada, fora a Selic alta, e com fuga de capital. Tem recessão à frente", acrescenta, apontando que alguns partidos estão criando formas para se evitar a votação da PEC em segundo turno, na próxima terça-feira, 9.

Câmbio e juros futuros também não escaparam da espiral negativa. No caso do dólar, que chegou a renovar máximas ante o real na reta final dos negócios, houve ainda um movimento global de fortalecimento da moeda, o que a levou a R$ 5,6061 no fechamento por aqui, com valorização de 0,29%.

Não bastassem as incertezas fiscais no front doméstico, alimentadas pelo jogo político entre Congresso e Palácio do Planalto, o real também sofreu com ventos externos desfavoráveis. O DXY - que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes - operou em forte alta, na casa dos 94,300 pontos, com dados positivos da economia dos EUA e tombo da libra após o Banco da Inglaterra (BoE) manter a taxa de juros em 0,1% ao ano, enquanto os analistas esperavam o início do aperto monetário. A moeda americana também deu de lavada na maioria das divisas emergentes, tendo o real apresentado, uma vez mais, as piores perdas.

Na renda fixa, depois de uma acomodação durante a manhã, a piora dos demais ativos contaminou os DIs, que terminaram com alta importante nos vencimentos intermediários e longos, enquanto os curtos seguiram precificando um aperto monetário mais intenso em dezembro.

Em Wall Street, o pregão foi de movimentações mais estreitas, ainda digerindo a decisão do Federal Reserve de retirar os estímulos monetários, mas também à espera do payroll, nesta sexta, além de reações pontuais à queda do petróleo e à surpresa com a decisão do BoE. Nada que impedisse novo recorde de S&P 500 e Nasdaq, enquanto o Dow Jones teve pequena baixa.

Brasileiros fazem fila para abastecer o carro na Argentina com gasolina mais barata

Fonte: IstoÉ 

Para fugir da alta no preço da gasolina, que em alguns postos já supera R$ 7 por liro, brasileiros  têm cruzado a fronteira para abastecer os carros na Argentina, onde o combustível é encontrado pela metade do preço.

Para fugir da alta no preço da gasolina brasileiros cruzam a fronteira para abastecer na Argentina, onde o combustível é encontrado pela metade do preço. Reprodução/Pexels© Reprodução/Pexels Para fugir da alta no preço da gasolina brasileiros cruzam a fronteira para abastecer na Argentina, onde o combustível é encontrado pela metade do preço. Reprodução/Pexels

Porto Iguaçu, por exemplo, é ligado ao Brasil por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Lá, o combustível chega a ser vendido por R$ 3,10 por litro, enquanto na cidade brasileira o preço médio do litro de gasolina é de R$ 6,14, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Com alta de quase 4%, gasolina fecha outubro a R$ 6,56, diz ValeCard

Segundo reportagem do Portal G1, de janeiro de 2021 até agora, a gasolina acumula uma alta de 73,4%. Foram 11 aumentos desde o começo do ano até a última sexta-feira, 29.

Com a proximidade com o Brasil e a movimentação de brasileiros na região, a maior parte dos postos de gasolina de Porto Iguaçu aceita pagamento em real.

A procura de brasileiros por combustível mais barato pegou os donos dos postos da cidade de surpresa. Em alguns postos, o combustível chegou a faltar nas bombas. Para organizar o atendimento, agora os locais possuem filas para argentinos e brasileiros. Veículos estrangeiros estão sendo limitados a abastecer apenas 15 litros de cada vez

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